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Governo não pretende intervir na Venezuela ou fechar fronteira, diz Heleno

General indicado para ser ministro da Defesa de Bolsonaro elogiou o trabalho humanitário que as Forças Armadas têm feito na recepção aos refugiados

General Heleno: "Quem conhece a fronteira da Amazônia sabe que não vai fechar. É uma proposta que não é realizável", afirmou sobre o pedido do Governo de Roraima (Arquivo/Agência Brasil)

General Heleno: "Quem conhece a fronteira da Amazônia sabe que não vai fechar. É uma proposta que não é realizável", afirmou sobre o pedido do Governo de Roraima (Arquivo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 5 de novembro de 2018 às 19h00.

Brasília - Indicado para ser o ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno afirmou nesta segunda-feira, 5, que não existe a intenção de interferir nos assuntos internos da Venezuela ou de fechar a fronteira entre Roraima e o país vizinho para impedir a entrada de refugiados.

Heleno elogiou o trabalho humanitário que as Forças Armadas têm feito na recepção aos refugiados e disse que não existe a ideia no governo de uma intervenção na Venezuela.

"Em termos do que está se colocando, de ingerência nos assuntos da Venezuela, o próprio presidente já disse que não é o caso. Nós temos preceitos constitucionais que regulam isso", afirmou o general. Heleno ressaltou ainda que não há como fechar a fronteira entre os dois países, como quer o Governo de Roraima, apesar de admitir que o número de venezuelanos entrando no país é maior que a capacidade do Estado.

"Fechamento de fronteira, quem conhece a fronteira da Amazônia sabe que não vai fechar. É uma proposta que não é realizável, é utópica", disse.

O general foi questionado ainda sobre o que mudaria no governo com a entrada de militares em vários cargos. Heleno defendeu que é apenas uma questão de aproveitar a formação e o investimento que o Estado dá aos militares e isso não pode ser um tabu.

Não muda nada, é apenas uma questão de coerência. Não tem nada a ver com governo militar, ninguém está pensando em intervenção militar, em autoritarismo, nada disso. É um aproveitamento de gente que o país não estava acostumado a aproveitar e tem muito da nossa formação que pode ser aproveitada. Pouca gente conhece o Brasil como nós", afirmou.

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