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Governo não estuda medidas para enfrentar crise externa

Brasil espera que problemas entre Obama e o Congresso para elevar o teto da dívida nos EUA sejam resolvidos

Temer: "não analisamos eventuais medidas que virão se eventualmente vier uma crise" (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 16h17.

Brasília - O vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que o governo não prepara neste momento medidas econômicas para o caso de a situação na Europa e nos Estados Unidos piorar.

"Não, neste momento, emergenciais, nenhuma", disse Temer a jornalistas, depois de ser questionado se havia medidas "no forno", esperando que a situação piore.

Segundo Temer, que conversou com a imprensa após a reunião de coordenação nesta manhã, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, fez "um breve relato" sobre a conjuntura na Europa, onde a crise da dívida tem atingido alguns países da periferia da zona do euro, e nos Estados Unidos, onde o Congresso ainda não chegou a um acordo para autorizar a elevação do teto da dívida.

"Houve uma análise principalmente da questão dos Estados Unidos", disse Temer, acrescentando que a expectativa é de que, se o acordo não sair, o presidente Barack Obama recorra à Corte Suprema para garantir os pagamentos da dívida.

"Não analisamos eventuais medidas que virão se eventualmente vier uma crise", disse o vice-presidente.

Os Estados Unidos precisam chegar a um acordo para elevar o limite da dívida e evitar um possível default. O Congresso norte-americano tem prazo até 2 de agosto para permitir o aumento do limite de financiamentos do país, atualmente em 14,3 trilhões de dólares, para liberar o Tesouro a captar mais recursos e manter o governo solvente.

Apesar de haver preocupação com as dificuldades de Obama para conseguir elevar o teto da dívida, o governo brasileiro acredita que antes do dia 2 de agosto será construído um acordo entre republicanos e democratas.

"Nós consideramos muito pouco provável que não haja um acordo (para elevar o limite do teto da dívida)", disse à Reuters o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, após a reunião.

Na avaliação do governo, se não houver um consenso nos Estados Unidos, todas as economias seriam afetadas. "Aí é evidente que ninguém escapa das consequências. Muda o cenário econômico mundial", avaliou Carvalho, acrescentando que na reunião não foram analisadas possíveis dificuldades específicas para a economia brasileira.

Mais cedo, em entrevista coletiva em Florianópolis (SC), a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi na mesma linha e disse que o Brasil não é "impermeável" às crises na Europa e nos Estados Unidos e, por isso, "há uma permanente vigília da equipe econômica".

Essa é a segunda reunião de coordenação política do governo convocada por Dilma para debater o cenário econômico mundial. Na semana passada, Barbosa já havia feito uma apresentação aos principais ministros sobre o tema.

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Brasília - O vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que o governo não prepara neste momento medidas econômicas para o caso de a situação na Europa e nos Estados Unidos piorar.

"Não, neste momento, emergenciais, nenhuma", disse Temer a jornalistas, depois de ser questionado se havia medidas "no forno", esperando que a situação piore.

Segundo Temer, que conversou com a imprensa após a reunião de coordenação nesta manhã, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, fez "um breve relato" sobre a conjuntura na Europa, onde a crise da dívida tem atingido alguns países da periferia da zona do euro, e nos Estados Unidos, onde o Congresso ainda não chegou a um acordo para autorizar a elevação do teto da dívida.

"Houve uma análise principalmente da questão dos Estados Unidos", disse Temer, acrescentando que a expectativa é de que, se o acordo não sair, o presidente Barack Obama recorra à Corte Suprema para garantir os pagamentos da dívida.

"Não analisamos eventuais medidas que virão se eventualmente vier uma crise", disse o vice-presidente.

Os Estados Unidos precisam chegar a um acordo para elevar o limite da dívida e evitar um possível default. O Congresso norte-americano tem prazo até 2 de agosto para permitir o aumento do limite de financiamentos do país, atualmente em 14,3 trilhões de dólares, para liberar o Tesouro a captar mais recursos e manter o governo solvente.

Apesar de haver preocupação com as dificuldades de Obama para conseguir elevar o teto da dívida, o governo brasileiro acredita que antes do dia 2 de agosto será construído um acordo entre republicanos e democratas.

"Nós consideramos muito pouco provável que não haja um acordo (para elevar o limite do teto da dívida)", disse à Reuters o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, após a reunião.

Na avaliação do governo, se não houver um consenso nos Estados Unidos, todas as economias seriam afetadas. "Aí é evidente que ninguém escapa das consequências. Muda o cenário econômico mundial", avaliou Carvalho, acrescentando que na reunião não foram analisadas possíveis dificuldades específicas para a economia brasileira.

Mais cedo, em entrevista coletiva em Florianópolis (SC), a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi na mesma linha e disse que o Brasil não é "impermeável" às crises na Europa e nos Estados Unidos e, por isso, "há uma permanente vigília da equipe econômica".

Essa é a segunda reunião de coordenação política do governo convocada por Dilma para debater o cenário econômico mundial. Na semana passada, Barbosa já havia feito uma apresentação aos principais ministros sobre o tema.

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