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Governo distribuirá na Olimpíada 9 milhões de camisinhas

O governo vai distribuir as camisinhas para estimular o sexo seguro e também defender a floresta amazônica

Camisinha produzida com látex colhido de árvores amazônicas (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 21h40.

Xapuri - O governo vai distribuir 9 milhões de camisinhas gratuitamente na região do Rio de Janeiro durante a Olimpíada em agosto, uma ação para estimular o sexo seguro e também defender a floresta amazônica.

O comitê local organizador da Olimpíada afirmou que 450 mil dos preservativos produzidos de forma sustentável serão destinados aos atletas e funcionários alojados na Vila Olímpica.

O restante vai ser disponibilizado para os muitos visitantes que chegarão na cidade em apenas algumas semanas, segundo o Ministério da Saúde.

Todos os preservativos que serão distribuídos são produzidos pela Natex, uma fábrica no Acre, na região amazônica, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.

A fábrica, administrada pelo governo estadual do Acre, usa látex colhido de árvores amazônicas por seringueiros que são empregados por um programa do governo cujo objetivo é proteger a tradicional forma de vida e trabalho, incentivar o uso sustentável da floresta e combater os madeireiros irregulares.

Os seringueiros se veem como guardiões da floresta.

Numa saída recente, Raimundo Mendes de Barros, um seringueiro de 71 anos e com uma barba branca, colhia o látex, de aparência leitosa, que pingava dentro de recipientes de metal na base de um número grande árvores.

O sol tropical era filtrado pela copa das árvores Barros falou do seu orgulho sobre a luta dura que ele e outros seringueiros travam para manter a atividade.

"A nossa fábrica, além de garantir o preço da borracha, um preço compensador, dá oportunidade de centenas de empregos para jovens, mães e pais de família”, declarou ele.

“E oferece ao mundo, e com certeza lá no Rio isso vai estar muito presente, o produto: que é a camisinha, que é um produto que ajuda muito contra as doenças e ajuda no controle de natalidade.”

Por décadas, seringueiros como Barros estão na linha de frente da pressão para que os líderes brasileiros façam mais para impedir o desmatamento, causado principalmente pela derrubada ilegal da floresta para atividade agropecuária, plantações de soja e extração de madeira.

A luta, às vezes, tem custo alto, uma vez que fazendeiros e madeireiros podem retaliar. Várias pessoas foram mortas durante os anos tentando proteger a floresta, entre elas Chico Mendes, o ambientalista e seringueiro reconhecido internacionalmente.

O assassinato de Mendes em 1988 em Xapuri, que agora abriga a fábrica de preservativos, ajudou a fazer com que o governo tomasse medidas sérias para combater o desmatamento e a violência contra os defensores da Amazônia.

Há anos o Ministério da Saúde brasileiro distribui milhões de camisinhas da fábrica gratuitamente em grandes eventos no país, principalmente o Carnaval.

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Xapuri - O governo vai distribuir 9 milhões de camisinhas gratuitamente na região do Rio de Janeiro durante a Olimpíada em agosto, uma ação para estimular o sexo seguro e também defender a floresta amazônica.

O comitê local organizador da Olimpíada afirmou que 450 mil dos preservativos produzidos de forma sustentável serão destinados aos atletas e funcionários alojados na Vila Olímpica.

O restante vai ser disponibilizado para os muitos visitantes que chegarão na cidade em apenas algumas semanas, segundo o Ministério da Saúde.

Todos os preservativos que serão distribuídos são produzidos pela Natex, uma fábrica no Acre, na região amazônica, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.

A fábrica, administrada pelo governo estadual do Acre, usa látex colhido de árvores amazônicas por seringueiros que são empregados por um programa do governo cujo objetivo é proteger a tradicional forma de vida e trabalho, incentivar o uso sustentável da floresta e combater os madeireiros irregulares.

Os seringueiros se veem como guardiões da floresta.

Numa saída recente, Raimundo Mendes de Barros, um seringueiro de 71 anos e com uma barba branca, colhia o látex, de aparência leitosa, que pingava dentro de recipientes de metal na base de um número grande árvores.

O sol tropical era filtrado pela copa das árvores Barros falou do seu orgulho sobre a luta dura que ele e outros seringueiros travam para manter a atividade.

"A nossa fábrica, além de garantir o preço da borracha, um preço compensador, dá oportunidade de centenas de empregos para jovens, mães e pais de família”, declarou ele.

“E oferece ao mundo, e com certeza lá no Rio isso vai estar muito presente, o produto: que é a camisinha, que é um produto que ajuda muito contra as doenças e ajuda no controle de natalidade.”

Por décadas, seringueiros como Barros estão na linha de frente da pressão para que os líderes brasileiros façam mais para impedir o desmatamento, causado principalmente pela derrubada ilegal da floresta para atividade agropecuária, plantações de soja e extração de madeira.

A luta, às vezes, tem custo alto, uma vez que fazendeiros e madeireiros podem retaliar. Várias pessoas foram mortas durante os anos tentando proteger a floresta, entre elas Chico Mendes, o ambientalista e seringueiro reconhecido internacionalmente.

O assassinato de Mendes em 1988 em Xapuri, que agora abriga a fábrica de preservativos, ajudou a fazer com que o governo tomasse medidas sérias para combater o desmatamento e a violência contra os defensores da Amazônia.

Há anos o Ministério da Saúde brasileiro distribui milhões de camisinhas da fábrica gratuitamente em grandes eventos no país, principalmente o Carnaval.

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