O governo afirma que o projeto de reajuste salarial foi baseado nas propostas encaminhadas pelas próprias polícias e niveladas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 12 de junho de 2023 às 22h02.
Última atualização em 13 de junho de 2023 às 17h51.
O governo de São Paulo sancionou nesta segunda-feira, 12, projeto de lei que estabelece reajuste médio de 20,2% no salário das carreiras das forças de segurança de Estado. A proposta, de autoria da gestão estadual, havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no último dia 23. Os novos valores dos salários dos policiais passam a valer a partir de 1º de julho.
Como mostrou o Estadão, o texto enviado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Alesp no começo do mês passado criou um racha entre representantes da categoria ao propor diferentes porcentuais de aumento. Uma das insatisfações partiu de policiais civis, que reclamaram terem recebido reajuste menor que o dos militares - o atual secretário da Segurança Pública, capitão Guilherme Derrite, fez carreira na PM.
Ao receber o texto original no começo do mês, parlamentares da bancada da Segurança Pública deram vazão às críticas da categoria e apresentaram emendas cobrando melhores reajustes em algumas categorias. O Executivo, porém, só recuou da nova cobrança previdenciária, que também era um dos alvos de crítica. Na votação do último dia 23 na Alesp, o texto foi acatado por unanimidade entre os deputados presentes, com 84 votos favoráveis.
O governo afirma que o projeto de reajuste salarial foi baseado nas propostas encaminhadas pelas próprias polícias e niveladas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) para balancear as remunerações e evitar distorções em algumas categorias.
O reajuste sancionado nesta segunda, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, beneficiará mais de 100 mil integrantes das forças estaduais de segurança, incluindo profissionais das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, além de aposentados e pensionistas. O impacto no orçamento estadual será de R$ 2,5 bilhões em 2023.