Governo de SP 2022: Alckmin, Haddad, França e Boulos aparecem empatados
Disputa pelo cargo de chefe do Executivo do estado mais rico do país tem dois campos políticos muito bem definidos: direita e esquerda
Gilson Garrett Jr
Publicado em 27 de agosto de 2021 às 06h00.
Última atualização em 27 de agosto de 2021 às 06h53.
A disputa ao governo de São Paulo em 2022 tem dois campos muito bem definidos: um mais à esquerda e outro mais à direita. De acordo com a mais recente pesquisa EXAME/IDEIA , em uma simulação de primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB) tem 19% nas intenções de voto, Fernando Haddad (PT), 16%, Márcio França (PSB) aparece com 15%, e Guilherme Boulos (PSOL) tem 14%. Os quatro nomes estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro.
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O pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 2.000 pessoas entre os dias 23 e 26 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de 1,75 ponto porcentual para mais ou para menos.
Maurício Moura, fundador do IDEIA, explica que a eleição para o governo do estado mais rico do Brasil tem uma direita com um maior número de candidatos, e uma esquerda com uma vaga praticamente certa no segundo turno.
“Nós temos Alckmin e França representando uma ala mais à direita. Ambos recebem mais intenções de votos no interior do estado. Já Haddad e Boulos, mais para à esquerda, conseguem conquistar a maior parte do eleitor da capital e da região metropolitana”, afirma.
Ainda faltam algumas peças a serem definidas da corrida eleitoral ao Palácio dos Bandeirantes. Está mais forte a convergência de uma candidatura única da esquerda, unindo Boulos e Haddad, o que os levaria praticamente direto ao segundo turno, muito provavelmente em primeiro lugar.
Outro ponto é a saída de Alckmin do PSDB. A mudança mais provável é para o PSD, o que deve modificar as forças políticas no estado. Há uma tendência que este movimento do ex-governador também reflita no interior, com muitos deputados e prefeitos o seguindo para a nova legenda.
Garcia ainda pode subir
Maurício Moura ainda destaca que Rodrigo Garcia (PSDB), atual vice-governador, e pré-candidato ao governo paulista, aparecia com 2% das intenções de voto na última sondagem EXAME/IDEIA feita no fim de junho. Dois meses depois, ele já está com 5% das intenções de voto.
“O Garcia tem um potencial grande de ganhar fôlego na preferência do eleitor. Com a saída do governador João Doria para disputar a presidência, caso ganhe as prévias do partido, o atual vice-governador terá o poder justamente durante a eleição. E historicamente quem tem a máquina pública consegue se destacar e crescer muito”, pontua o fundador do IDEIA.
Desde que saiu do DEM e se filiou ao PSDB para disputar o governo de São Paulo, Garcia tem aparecido mais nas inaugurações de obras, coletivas de imprensa sobre a covid-19, entre outros compromissos oficiais. Em alguns momentos, Doria chega a deixar os holofotes e volta as atenções para o seu vice.
Outro fator que pode influenciar em um aumento das intenções de voto de Garcia é a avaliação do governador Doria. Segundo a pesquisa EXAME/IDEIA, 25% avaliam a gestão dele como ótimo e boa, 41%, como ruim ou péssima, e 31% como regular.
O atual governador de São Paulo está em campanha para disputar as prévias do PSDB para concorrer ao Palácio do Planalto em 2022. Ele também já disse que não pretende concorrer à reeleição ao governo.
França tem mais chances ao Senado
Em 2022, um terço do Senado será renovado. No estado de São Paulo está em jogo a vaga que atualmente é ocupada pelo senador José Serra (PSDB). Recentemente ele foi diagnosticado com Parkinson e se licenciou do cargo. Ainda há dúvidas se ele vai concorrer, mas na pesquisa EXAME/IDEIA aparece com 4% das intenções de voto.
Quem tem mais chances de conseguir uma cadeira é Márcio França, com 19%. A sondagem ainda testou o nome de Boulos, que aparece logo em seguida, com 15%, seguido do vereador Eduardo Suplicy (PT), com 15% das intenções de voto.
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