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Governo de São Paulo proíbe polícia de socorrer vítimas

A medida tem como objetivo "salvaguardar a saúde das vítimas" e "garantir a preservação dos locais de crime para a realização de perícias e investigações"

Polícia Militar de São Paulo: Os policiais de São Paulo que atenderem ocorrências com vítimas graves terão que chamar o Samu ou uma equipe de emergência médica local. (Marcelo Camargo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 15h14.

São Paulo - O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira uma medida que visa garantir a preservação dos locais de crime e que prevê que somente os serviços médicos e para-médicos de emergência socorram essas vítimas.

A medida, assinada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, tem como objetivo "salvaguardar a saúde das vítimas" e "garantir a preservação dos locais de crime para a realização de perícias e investigações", segundo um comunicado.

Os policiais de São Paulo que atenderem ocorrências com vítimas graves não poderão socorrê-las, terão que chamar o Samu ou uma equipe de emergência médica local.

"É importante que as vítimas de agressões e delitos, assim como as implicadas em choques com a polícia, tenham acesso aos serviços de socorro especializados", disse o secretário, citado na nota.

Além disso, o funcionário destacou a necessidade de que o cenário do crime seja preservado para que os agentes da equipe de perícia "cheguem com mais eficiência à autoria e motivação dos crimes".


Vieira também disse que as equipes especializadas em atendimento às vítimas nos locais de crimes saibam atuar de modo que as provas não sejam destruídas e ao mesmo tempo se ocupem da saúde das vítimas.

As normas anunciadas nesta terça limitam a atuação das forças de segurança em tarefas de socorro às vítimas e são divulgadas depois que no sábado as autoridades municipais admitissem a existência de indícios que apontavam um grupo de policiais como possível autor de um tiroteio no qual sete pessoas morreram.

O fato aconteceu em um bar do bairro do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, quando pelo menos 15 homens fortemente armados dispararam contra uma mesa na qual estavam nove pessoas. Sete vítimas não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo.

Segundo testemunhas, o grupo desceu de três automóveis aos gritos de "polícia" e entrou no estabelecimento, situado na mesma rua na qual um vizinho gravou, há dois meses, dois policiais disparando contra um detido.


Além disso, moradores do bairro citados pelos meios de imprensa, denunciaram que policiais alteraram as provas no local do tiroteio, o que as forças de segurança negam.

Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados 4.306 casos de homicídio em São Paulo, 13,58% a mais que nos mesmos meses de 2011.

A violência se recrudesceu especialmente na cidade de São Paulo no mês de outubro, quando uma onda de violência acabou com a vida de 176 pessoas.

As autoridades não chegaram a dar uma explicação satisfatória sobre as causas dos homicídios, embora suspeitam de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e armas nascida no interior das prisões do estado de São Paulo.

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São Paulo - O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira uma medida que visa garantir a preservação dos locais de crime e que prevê que somente os serviços médicos e para-médicos de emergência socorram essas vítimas.

A medida, assinada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, tem como objetivo "salvaguardar a saúde das vítimas" e "garantir a preservação dos locais de crime para a realização de perícias e investigações", segundo um comunicado.

Os policiais de São Paulo que atenderem ocorrências com vítimas graves não poderão socorrê-las, terão que chamar o Samu ou uma equipe de emergência médica local.

"É importante que as vítimas de agressões e delitos, assim como as implicadas em choques com a polícia, tenham acesso aos serviços de socorro especializados", disse o secretário, citado na nota.

Além disso, o funcionário destacou a necessidade de que o cenário do crime seja preservado para que os agentes da equipe de perícia "cheguem com mais eficiência à autoria e motivação dos crimes".


Vieira também disse que as equipes especializadas em atendimento às vítimas nos locais de crimes saibam atuar de modo que as provas não sejam destruídas e ao mesmo tempo se ocupem da saúde das vítimas.

As normas anunciadas nesta terça limitam a atuação das forças de segurança em tarefas de socorro às vítimas e são divulgadas depois que no sábado as autoridades municipais admitissem a existência de indícios que apontavam um grupo de policiais como possível autor de um tiroteio no qual sete pessoas morreram.

O fato aconteceu em um bar do bairro do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, quando pelo menos 15 homens fortemente armados dispararam contra uma mesa na qual estavam nove pessoas. Sete vítimas não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo.

Segundo testemunhas, o grupo desceu de três automóveis aos gritos de "polícia" e entrou no estabelecimento, situado na mesma rua na qual um vizinho gravou, há dois meses, dois policiais disparando contra um detido.


Além disso, moradores do bairro citados pelos meios de imprensa, denunciaram que policiais alteraram as provas no local do tiroteio, o que as forças de segurança negam.

Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados 4.306 casos de homicídio em São Paulo, 13,58% a mais que nos mesmos meses de 2011.

A violência se recrudesceu especialmente na cidade de São Paulo no mês de outubro, quando uma onda de violência acabou com a vida de 176 pessoas.

As autoridades não chegaram a dar uma explicação satisfatória sobre as causas dos homicídios, embora suspeitam de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e armas nascida no interior das prisões do estado de São Paulo.

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