Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia, concede entrevista coletiva (Najara Araújo/Agência Câmara)
Alessandra Azevedo
Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 13h14.
Após encontro com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, nesta quarta-feira, 20, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que as expectativas são positivas para a importação de insumos para produção de vacinas contra a covid-19 em território nacional. A reunião, segundo o deputado, foi "muito positiva", embora eles não tenham tratado de datas ou prazos.
"O embaixador deixou claro que não há nenhum obstáculo político. A tramitação técnica que atrasou um pouco, mas estão trabalhando junto com o governo, de forma clara, na exportação de insumos ao Brasil", disse Maia, em entrevista coletiva. "Não falei de prazos, mas tive a informação de que há um empenho neste momento do governo chinês, da embaixada chinesa, para que os insumos possam chegar o mais rápido possível no Brasil", continuou.
Na conversa com o embaixador, Maia disse ter falado "em nome dos brasileiros que não estão no conflito ideológico" travado pelo governo. "A impressão que da é de falta de dialogo do governo brasileiro com a embaixada. Incrível como a questão ideológica para alguns prevalece em relação à intenção de salvar vidas", disse. Ainda assim, o embaixador teria deixado claro que o governo chinês "vai trabalhar para a aceleração da chegada desses insumos no Brasil", reforçou Maia.
"Este momento é de não olhar pra conflitos políticos", disse o presidente da Câmara. Ele ressaltou que o Instituto Butantan tem feito as tratativas diretamente com o governo chinês, com o governador de São Paulo, João Doria. "O trabalho que já está sendo feito de diálogo pelo governo de São Paulo e a importância que tem, para a China, a relação bilateral com o Brasil vão fazer com que consiga avançar o mais rápido possível também para insumos da vacina da Fiocruz", acredita Maia.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta terça-feira, 19, que a entrega da vacina de Oxford vai atrasar de fevereiro para março, por conta de atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo vindo da China. O mesmo produto é usado na fabricação da Coronavac, que será produzida pelo Butantan.