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Governo acompanhará a fiscalização de frigoríficos, diz Maggi

O ministro explicou as medidas adotadas pelo governo para maior fiscalização dos produtos sem a possibilidade de interferência política

Blairo Maggi disse que a medida referente às inspeções é um compromisso assumido após a primeira fase da Operação Carne Fraca (Beto Barata/PR/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de março de 2018 às 15h33.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou hoje (7) que a fiscalização dos frigoríficos brasileiros, que fica sob incumbência estadual, será acompanhada mais de perto pelo governo federal.

A declaração do ministro Blairo Maggi foi feita durante a apresentação de um sistema de aprimoramento da macrologística agropecuária e reitera portaria publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União. Segundo o ministro, as datas de assinatura e de veiculação da portaria foram apenas coincidência. Pelo período indicado no Diário Oficial, o documento estava pronto desde 28 de fevereiro.

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Blairo Maggi disse que a medida referente às inspeções é "um compromisso" assumido após a primeira fase da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março do ano passado. O intuito é "diminuir ou extinguir qualquer possibilidade de interferências políticas", esclareceu.

"É um projeto em que viemos trabalhando há algum tempo. Finalizou-se no dia de ontem, com a publicação da portaria, e agora falta só a do regimento interno. O país foi dividido em 10 regiões e, para cada uma delas, foi determinado um número de frigoríficos que ficará subordinado a uma pessoa do Sipoa (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal), e ele terá a responsabilidade de conversar diretamente com os fiscais dessas unidades e também com o público privado, que é o que demanda o serviço", acrescentou o ministro.

Na manhã de ontem (6), 270 policiais federais e 21 auditores fiscais agropecuários cumpriram 91 mandados judiciais no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, em Goiás e em São Paulo. A ação articulada consistiu na terceira etapa da investigação, intitulada Operação Trapaça, que tem como alvo a BRF, uma das maiores companhias do ramo alimentício do mundo.

Dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy, a empresa é acusada de ter fraudado, com a conivência de três laboratórios do Ministério da Agricultura, laudos de resultados de amostras de alimentos, liberando sua comercialização mesmo estando contaminados com salmonela, bactéria que pode trazer riscos à saúde.

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