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Governo a GM: “se precisar fechar, fecha”; Mourão restringe informação e mais…

MOURÃO NESTA QUINTA-FEIRA: a “transparência está mantida” / REUTERS/Adriano Machado
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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 07h08.

Última atualização em 25 de janeiro de 2019 às 07h21.

Governo a GM: “se precisar fechar, fecha”

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) dá, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, sinais de que pretende resistir a investidas da montadora General Motors de pleitear incentivos tributários ou incentivos para manter operações no Brasil. Em um encontro com o alto escalão da montadora, Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério da Economia, afirmou: “se precisar fechar [a fábrica], fecha”. Na semana passada, o presidente da montadora no Brasil, Carlos Zarlenga, afirmou que 2019 será um ano decisivo para a montadora no Mercosul, com risco de fechamento das unidades casos os prejuízos dos últimos três anos não sejam revertidos.

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Boeing e Embraer: acordo assinado

A Embraer informou ontem que assinou o contrato principal de operação com a Boeing em aviação comercial. Também foi assinado o contrato de cooperação que contém os termos e condições para a criação da joint venture para promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para o avião cargueiro KC-390. A operação será submetida à aprovação dos acionistas da Embraer em Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada, em primeira convocação, em 26 de fevereiro de 2019. A operação também depende da aprovação por autoridades concorrenciais brasileiras, dos Estados Unidos e de outras jurisdições aplicáveis.

Mourão e a informação

O presidente em exercício, General Hamilton Mourão, alterou nesta quinta-feira a Lei de Acesso à Informação (LAI) que facilita a visualização de documentos institucionais desde 2012. Aproveitando-se da ausência de Jair Bolsonaro, que está retornando do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o interino decretou que, a partir de agora, servidores comissionados e dirigentes de fundações, autarquias e empresas públicas poderão impor sigilo ultrassecreto a dados que antes eram públicos. Até hoje, a classificação dos documentos como material ultrassecreto só podia ser feita pelo presidente e vice-presidente da República; ministros de Estado e autoridades equivalentes; comandantes das Forças Armadas e chefes de missões diplomáticas no exterior.

Agora, qualquer servidor comissionado que atenda aos requisitos do decreto ou empresa pública pode pedir para ter seus documentos classificados como ultrassecretos.

A polêmica tabela do frete

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que “nunca se vai conseguir” uma tabela justa de frete. Por isso ainda não há a tal “tabela justa”, comentou a titular da Pasta, durante evento em Londrina, no Paraná. A declaração foi divulgada no período da tarde desta quinta-feira, 24, na conta do Twitter do Ministério da Agricultura. Ela declarou ainda que a iniciativa privada não precisa da tabela do frete, ou num cenário de livre mercado, como o brasileiro. “Não é o instrumento melhor (o tabelamento do frete)”, disse. “E a negociação (sobre o tabelamento) continua no governo.”

Jean Wyllys deixará o Brasil

Jean Wyllys, eleito pela terceira vez consecutiva deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, decidiu não assumir seu mandato e vai deixar o Brasil. Em entrevista exclusiva à Folha de São Paulo divulgada nesta quinta-feira, 24, o parlamentar disse que decidiu deixar a vida pública devido a ameaças que tem recebido. Desde o assassinato de Marielle Franco, também do PSOL, em março de 2018, o deputado vive sob escolta policial. O seu suplente, que deve assumir o mandato de deputado federal no seu lugar, é o vereador carioca David Miranda (PSOL-RJ). “Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!”, publicou Jean em seu Facebook.

Bolsonaro reage

Logo após a divulgação da decisão de Jean Wyllys deixar o Brasil, o presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para publicar a mensagem “Grande dia!”. Carlos Bolsonaro, filho do presidente, publicou na mesma rede social, dois minutos depois do pai: “Vá com Deus e seja feliz!”. Minutos depois, Bolsonaro voltou ao Twitter para dizer que se referia ao ótimo dia de reuniões que havia tido em Davos.

Previdência militar

Em mais um episódio da recente série de insinuações acerca da aplicação da futura reforma da presidência para militares, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 24, que a categoria deve dar o exemplo: “São patriotas e sabem que têm que liderar pelo exemplo”, declarou o Ministro. Guedes também afirmou à agência de notíciasReuters, em entrevista concedida durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, que a reforma da Previdência que o governo vai enviar ao Congresso pode economizar dos cofres públicos até 1,3 trilhão de reais.

Títulos da Venezuela sobem

Os títulos em dólar do governo da Venezuela e da estatal petroleira PDVSA ampliaram os ganhos nesta quinta-feira, 24, segundo a agência Reuters. A alta veio depois que o apoio dos Estados Unidos ao líder da oposição Juan Guaidó alimentou as expectativas de investidores de uma reviravolta no país. Os títulos soberanos da Venezuela com vencimento em 2024 ou depois têm sido negociados a menos de metade de seu valor de face desde o final de 2014 e, nesta quinta, avançaram 0,5 centavo e agora estão agora no nível mais elevado desde 2017.

BCE mantém taxa de juros

O Banco Central Europeu (BCE) manteve suas principais taxas de juros inalteradas após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, 24. Como era esperado por analistas, o BCE deixou sua taxa básica de juros – que se refere a refinanciamentos – em 0%, e a de depósitos, em -0,40%. Para garantir que a inflação convirja para sua meta, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%, no médio prazo, a autoridade monetária da zona do euro reafirmou o plano de manter os juros nos baixos níveis atuais “até pelo menos o fim do verão de 2019”.

Trump volta atrás

Depois de enviar uma carta a Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos, negando o adiamento do discurso do Estado da União, o presidente Donald Trump voltou atrás e decidiu postergar a sua fala. Nancy havia pedido que ele fizesse o discurso depois que a paralisação acabasse, por questões de segurança, já que as agências federais não estão funcionando. Em seu Twitter, Trump anunciou: “Farei o discurso quando o ‘shutdown’ terminar. Não busco um local alternativo para o discurso do Estado da União porque não há outro lugar que possa competir com a história, a tradição e a importância da Câmara de Representantes”. O discurso estava marcado para o dia 19 de janeiro.

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