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Governador do ES defende revisão de política de preços da Petrobras

Posição do governo é que a política de reajustes da Petrobras está mantida. Para aplacar os protestos, a ideia é apresentar uma "política para o consumidor"

Paulo Hartung: "Acho que pode trabalhar periodicidade da correção mas continuar balizada no mercado internacional" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Paulo Hartung: "Acho que pode trabalhar periodicidade da correção mas continuar balizada no mercado internacional" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de junho de 2018 às 19h41.

São Paulo - O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), defendeu nesta segunda-feira, 4, que a Petrobras reveja a sua política de preços e admita uma maior periodicidade dos reajustes dos combustíveis, mas sem que se perca de vista as flutuações do mercado internacional. Para o emedebista, os reajustes diários feitos atualmente ficam "pesados" para o consumidor final.

"Acho que pode trabalhar periodicidade da correção mas continuar balizada no mercado internacional", afirmou o emedebista ao Broadcast Político, sem avançar em como essa mudança poderia ser feita.

"Os reajustes não precisam ser diários. O diário mistura preço do barril, a variação cambial, fica tudo muito pesado", avaliou o governador capixaba, que tem formação de economista e é reconhecido por ter perfil fiscalista.

Oficialmente, a posição do governo é que a política de reajustes da Petrobras está mantida. Para aplacar os protestos, a ideia é apresentar uma "política para o consumidor", que criaria uma espécie de seguro no qual o governo estima um valor médio para a cotação do barril de petróleo e ajusta a tributação de acordo com a variação. Apesar disso, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu ontem que a estatal pode rever a diretriz.

Hartung lamentou também a saída de Pedro Parente da direção da estatal e fez uma defesa do executivo. "Parente fez um movimento em defesa da empresa ao pedir demissão, porque facilitou a entrada de um bom quadro como seu substituto", disse, em referência a Ivan Monteiro. "O Ivan na presidência é a garantia de que não vão voltar com as maluquices para dentro da empresa".

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