Gilmar critica acordos de delação e diz que PGR não pode tudo
Mais cedo, Fachin, relator do caso da JBS, votou que o relator tem poder para homologar sozinho acordos de colaboração premiada
Reuters
Publicado em 21 de junho de 2017 às 18h09.
Brasília - O ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira os acordos de delação premiada durante julgamento sobre a homologação do acordo de colaboração firmado com executivos da J&F, holding que controla a JBS, e disse que a Procuradoria-Geral da República (PGR< que negocia esses acordos, não pode tudo.
"Veja, a Procuradoria pode muito, mas pode tudo? É isso que a lei autoriza?", indagou Mendes durante o julgamento em aparte ao voto do ministro Alexandre de Moraes, o segundo a votar no julgamento.
"Então me parece que nós temos que esclarecer o que se pode fazer sob pena de ficarmos em platitudes", defendeu Mendes.
Mais cedo, o ministro Edson Fachin, relator do caso e responsável pela homologação do acordo de delação da JBS, votou que o relator tem poder para homologar sozinho acordos de colaboração premiada, assim como o plenário do Supremo tem poderes para revisar benefícios de acordos de delação no momento da sentença dos casos.