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Garotinho retira apoio formal à reeleição de Dilma

Político está insatisfeito com a proximidade da presidente com o governador Luiz Fernando Pezão


	O ex-governador Anthony Garotinho: candidato do PR para o governo do Rio
 (Inácio Teixeira/PR/Agência Brasil)

O ex-governador Anthony Garotinho: candidato do PR para o governo do Rio (Inácio Teixeira/PR/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 18h59.

Rio - Durou pouco o engajamento do ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR), candidato ao Palácio Guanabara, na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Insatisfeito com a proximidade de Dilma com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tenta continuar no cargo, Garotinho decidiu liberar os candidatos a deputado de sua coligação a fazerem campanha para quem quiserem na disputa presidencial.

Embora reconheça que Dilma e o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, foram os responsáveis pela entrada no PROS na aliança que o apoia, o que aumentou o tempo na propaganda de TV para dois minutos, Garotinho não vê empenho do PT nacional em sua campanha.

O deputado continua em tese aliado a Dilma, mas anunciou que vai se concentrar na disputa estadual.

Os aliados de Garotinho apostam em um segundo turno entre ele e o ex-governador e Pezão e dizem que, neste caso, dificilmente Dilma ficaria com o candidato do PR.

Pensando no longo prazo, Garotinho será discreto na campanha por Dilma. O PT nacional, no entanto, tem interesse no eleitorado de Garotinho - evangélico, de baixa renda e do interior - e tenta uma composição.

Depois de Dilma escolher Pezão como companheiro para o primeiro compromisso aberto de sua campanha, um almoço com prefeitos na Baixada Fluminense, o PT havia programado uma vista da presidente à zona oeste da capital, com Garotinho, no próximo fim de semana. O compromisso está suspenso por enquanto.

Outro aliado insatisfeito com o comportamento da presidente no Rio é o candidato do PT a governador, Lindbergh Farias.

O palanque da presidente no Rio tem ainda o candidato do PRB, senador Marcelo Crivella.

Durante a pré-campanha, Garotinho evitou se posicionar em relação à disputa presidencial e fez uma "consulta" aos filiados do PR-RJ e, no dia da convenção, anunciou que a maioria votou pelo apoio a Dilma.

Em discurso, ao lado de Berzoini, disse ter "um só lado" e prometeu apoio à presidente.

Garotinho atacou Eduardo Campos (PSB) por ter defendido um novo modelo de partilha dos royalties do petróleo, que prejudicaria Estados produtores como o Rio, e acusou o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, de ter se aliado "à quadrilha do PMDB".

Com forte base no eleitorado evangélico, Garotinho tem pesquisas qualitativas que apontam resistência de parte desse grupo a Dilma.

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