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FMI: aumento do IOF não impediu valorização do real

Segundo o fundo aumento da taxação sobre a entrada de capitais teme um impacto muito pequeno sobre o câmbio

Casa de câmbio no Rio de Janeiro: governo aumentou o IOF em outubro de 2010 (Vanderlei Almeida/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 15h06.

Washington - O imposto sobre as operações financeiras (IOF) que o Brasil aplica para frear a entrada de capital estrangeiro não freou claramente a revalorização do real, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A evidência empírica sugere que o IOF não teve um impacto claro, duradouro sobre a taxa de câmbio, apesar de talvez suavizar as pressões da valorização em comparação ao que aconteceu com as matérias-primas", acrescentou o texto.

O Fundo tirou esta conclusão a partir do estudo do IOF, atualmente em uma taxa de 6%, a cada ocasião que o governo brasileiro decidiu aumentá-lo, em março de 2008, outubro de 2009 e outubro de 2010.

Em cada um desses casos, a moeda se desvalorizou, mas o impacto foi pequeno, explica o texto.

Em compensação, o IOF talvez tenha tido um certo impacto para conter a entrada de capital especulativo, "provavelmente devido à maior incerteza sobre outras medidas potenciais" derivadas de sua aplicação, segundo o informe.

O IOF foi a principal medida que as autoridades brasileiras utilizaram para lutar contra a valorização do real, cuja cotação alcançou, na sexta-feira passada, seu nível mais elevado no ano, 1,61 por dólar.

O real se valorizou 4,6% em 2010, e 32,7% um ano antes.

A última medida de Brasília para paliar essa situação foi aplicada na semana passada, com um imposto de 6% sobre os empréstimos em curto prazo de bancos e empresas fora do país.

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"A evidência empírica sugere que o IOF não teve um impacto claro, duradouro sobre a taxa de câmbio, apesar de talvez suavizar as pressões da valorização em comparação ao que aconteceu com as matérias-primas", acrescentou o texto.

O Fundo tirou esta conclusão a partir do estudo do IOF, atualmente em uma taxa de 6%, a cada ocasião que o governo brasileiro decidiu aumentá-lo, em março de 2008, outubro de 2009 e outubro de 2010.

Em cada um desses casos, a moeda se desvalorizou, mas o impacto foi pequeno, explica o texto.

Em compensação, o IOF talvez tenha tido um certo impacto para conter a entrada de capital especulativo, "provavelmente devido à maior incerteza sobre outras medidas potenciais" derivadas de sua aplicação, segundo o informe.

O IOF foi a principal medida que as autoridades brasileiras utilizaram para lutar contra a valorização do real, cuja cotação alcançou, na sexta-feira passada, seu nível mais elevado no ano, 1,61 por dólar.

O real se valorizou 4,6% em 2010, e 32,7% um ano antes.

A última medida de Brasília para paliar essa situação foi aplicada na semana passada, com um imposto de 6% sobre os empréstimos em curto prazo de bancos e empresas fora do país.

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