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Fiscal da Receita acusado de cobrar propina se entrega

Rogério César Sasso, alvo da Operação Paraíso Fiscal, estava foragido havia quase um ano

O auditor é acusado de integrar amplo esquema de corrupção na Delegacia do Fisco em Osasco, na Grande São Paulo (Divulgação/Receita Federal)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 10h52.

São Paulo - O auditor da Receita Federal Rogério César Sasso, alvo da Operação Paraíso Fiscal, entregou-se à Justiça Federal.

Ele estava foragido havia quase um ano, desde que o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região cassou liminar e restaurou ordem de prisão preventiva decretada pela 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

Acusado de integrar amplo esquema de corrupção na Delegacia do Fisco em Osasco, na Grande São Paulo, Sasso apresentou-se há duas semanas no plantão da 31.ª Delegacia de Polícia, em Vila Carrão, zona leste da Capital.

Depois, foi removido para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde aguarda julgamento da ação penal.

O gesto de Sasso é estratégico. Se continuasse em fuga dificilmente teria êxito em pedido de revogação da prisão que sua defesa poderá apresentar.

O processo contra o auditor envolve corrupção passiva, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa, evasão de divisas, violação de sigilo funcional, usurpação de função pública e formação de quadrilha.

Sasso e outros quatro auditores - João Francisco Nogueira Eisenmann, José Cassoni Rodrigues, José Geraldo Martins Ferreira e Kazuko Tane - são suspeitos de causar prejuízos estimados em R$ 2 bilhões aos cofres públicos, entre 2001 e 2011.


Apenas Sasso está preso. Todos os seus antigos colegas estão foragidos desde abril de 2012. A investigação mostra que o grupo de fiscais cobrava propina para não autuar grandes devedores e também para liberar créditos tributários.

A cada golpe, a organização amealhava quantias de até R$ 600 mil, segundo a Polícia Federal.

A Paraíso Fiscal foi deflagrada em 2011 por uma força-tarefa da PF, Procuradoria da República e Corregedoria da Receita. A PF apurou que os auditores são donos de patrimônio excepcional, incompatível com seus rendimentos no exercício da função. Sasso é dono de pousadas no Morro de São Paulo avaliadas em R$ 30 milhões.

No forro da residência de um auditor, no Condomínio Alphaville, a PF apreendeu R$ 2,5 milhões e US$ 2,5 milhões em dinheiro vivo. Na casa de outro fiscal foram encontrados R$ 814 mil e US$ 232 mil. Com um dos chefes de fiscalização da Delegacia de Osasco havia R$ 1 milhão e US$ 91 mil.

Com um quarto auditor, R$ 530 mil e US$ 3 mil, além de pedras preciosas. Procurada, a defesa de Rogério Sasso não quis se manifestar.

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Acusado de integrar amplo esquema de corrupção na Delegacia do Fisco em Osasco, na Grande São Paulo, Sasso apresentou-se há duas semanas no plantão da 31.ª Delegacia de Polícia, em Vila Carrão, zona leste da Capital.

Depois, foi removido para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde aguarda julgamento da ação penal.

O gesto de Sasso é estratégico. Se continuasse em fuga dificilmente teria êxito em pedido de revogação da prisão que sua defesa poderá apresentar.

O processo contra o auditor envolve corrupção passiva, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa, evasão de divisas, violação de sigilo funcional, usurpação de função pública e formação de quadrilha.

Sasso e outros quatro auditores - João Francisco Nogueira Eisenmann, José Cassoni Rodrigues, José Geraldo Martins Ferreira e Kazuko Tane - são suspeitos de causar prejuízos estimados em R$ 2 bilhões aos cofres públicos, entre 2001 e 2011.


Apenas Sasso está preso. Todos os seus antigos colegas estão foragidos desde abril de 2012. A investigação mostra que o grupo de fiscais cobrava propina para não autuar grandes devedores e também para liberar créditos tributários.

A cada golpe, a organização amealhava quantias de até R$ 600 mil, segundo a Polícia Federal.

A Paraíso Fiscal foi deflagrada em 2011 por uma força-tarefa da PF, Procuradoria da República e Corregedoria da Receita. A PF apurou que os auditores são donos de patrimônio excepcional, incompatível com seus rendimentos no exercício da função. Sasso é dono de pousadas no Morro de São Paulo avaliadas em R$ 30 milhões.

No forro da residência de um auditor, no Condomínio Alphaville, a PF apreendeu R$ 2,5 milhões e US$ 2,5 milhões em dinheiro vivo. Na casa de outro fiscal foram encontrados R$ 814 mil e US$ 232 mil. Com um dos chefes de fiscalização da Delegacia de Osasco havia R$ 1 milhão e US$ 91 mil.

Com um quarto auditor, R$ 530 mil e US$ 3 mil, além de pedras preciosas. Procurada, a defesa de Rogério Sasso não quis se manifestar.

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