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FHC x Lula x Dilma: o vai-e-vem da aprovação dos presidentes

Gráficos mostram as oscilações de popularidade dos três últimos mandantes segundo a pesquisa CNT/MDA

Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso FHC em montagem (Reuters/Reuters/Reprodução/EXAME.com/Reprodução)

Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso FHC em montagem (Reuters/Reuters/Reprodução/EXAME.com/Reprodução)

Raphael Martins

Raphael Martins

Publicado em 28 de fevereiro de 2016 às 06h00.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 15h37.

São Paulo – A pesquisa CNT/MDA divulgada essa semana mostra leve recuperação da aprovação de governo da presidente Dilma Rousseff. Saindo dos caóticos 7,7% alcançados em julho, a mandante tem em fevereiro 11,4% de avaliações bom ou ótimo.

A reprovação ao governo Dilma também freou, saindo de 70,9% para 62,4% neste mesmo período. Sua desaprovação pessoal como presidente ficou em 73,9% ante o pico de 80,7% em outubro passado.

Soaria positivo sem olhar o retrospecto completo de Dilma no poder. Em julho de 2012, seu segundo ano de mandato, a presidente chegou a um índice de 56,6% para bom e ótimo na pesquisa CNT/MDA.

Pode não ser recorde, mas seu ruim e péssimo na época estava em impressionantes 7% — nota-se, praticamente, uma virada de jogo completa em pouco mais de quatro anos.

No histórico da pesquisa, uma taxa tão baixa de rejeição só foi alcançada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em nada menos que 12 momentos ao longo de seus oito anos de mandato.

Lula é o que detém melhor desempenho na série histórica. Em nenhuma das pesquisas sua aprovação foi menor que a rejeição, muito em virtude do momento econômico favorável pela qual passava o Brasil durante seu mandato.

"Algo a se lembrar que o ambiente econômico pesa sobre o ambiente político, segurando a queda ou reforçando as pautas de aprovação", afirma Marco Antonio Teixeira, professor do departamento de Gestão Pública da FGV de São Paulo. "Hoje, se não tivessemos tido o agravamento das questões econômicas, o discurso de impeachment seria muito enfraquecido."

Também foi por conta de fatores econômicos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) amargou míseros 8% entre setembro e outubro de 1999. No período, sua rejeição bateu 65%.

O estado de crise mundial no período afetou seu desempenho e comprometeu as promessas que o levaram à reeleição, como aumento de vagas de emprego.

FHC nunca chegou à reprovação de um dígito. Seu menor índice foi de 23% de ruim e péssimo, nas duas primeiras edições da CNT/MDA, em 1998 — a série histórica não engloba os oito anos em que FHC foi presidente.

Veja abaixo as curvas de aprovação e análise de cada um deles.

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