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FGV e Fiocruz lançam sistema de alerta para dengue no Rio

Sistema tem o objetivo de indicar incidências com maior velocidade e tornar mais ágil o processo de tomada de decisão para ações de combate à doença.


	Mosquito da dengue Aedes Aegypti
 (James Gathany/Wikimedia Commons)

Mosquito da dengue Aedes Aegypti (James Gathany/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2015 às 15h48.

Rio de Janeiro - A Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EMAp) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançaram, este mês, um sistema de monitoramento em tempo real que vai ajudar no combate à dengue no Rio de Janeiro. Com o objetivo de integrar informações sobre o risco de transmissão da doença, o Info Dengue permitirá saber quais as zonas mais afetadas da cidade, a fim de agilizar as ações de combate à doença.

O sistema é um projeto realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e será implementado na Secretaria de Vigilância em Saúde do Rio, antes de ser oferecido às cidades de Belo Horizonte e Curitiba.

De acordo com o professor da FGV/EMAp e coordenador do projeto, Flávio Codeço, o sistema estava em período de testes desde o final do ano passado e agora foi lançado com funcionamento pleno. "Ele é um sistema de mapeamento do risco de alguém contrair dengue na cidade do Rio de Janeiro e é atualizado semanalmente. É em tempo real, mas tem uma periodicidade de uma semana porque a variação do risco da dengue não é tão rápida e não faria sentido atualizar a cada minuto ou a cada hora", disse.

Os dados que alimentarão o sistema serão disponibilizados pelas próprias secretarias dos municípios através de relatórios semanais com números de casos notificados por bairro e índices de infestação, além de indicadores climáticos. Codeço explicou que as redes sociais também ajudarão a obter os dados que vão alimentar o sistema.

"O sistema utiliza dados de várias naturezas de casos de dengue que ocorrem na cidade e que são disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde, mas também dados de redes sociais como o Twitter, onde a gente conta as menções e mensagens que falam sobre a dengue, além de informações meteorológicas, onde a gente verifica se as condições climáticas são propícias à reprodução do mosquito. São vários fluxos de informações utilizados na avaliação do risco da dengue na nossa cidade."

Com o objetivo de indicar as incidências com maior velocidade e tornar mais ágil o processo de tomada de decisão para ações de combate à propagação da doença, o alerta será disponibilizado por meio de um aplicativo, instalado na web e nas salas de controle das prefeituras, e permitirá o rápido acesso a diagnósticos semanais de situação e prognósticos de curta duração.

O coordenador do projeto disse que o financiamento vem da Secretaria de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, em Brasília. Segundo Codeço, o sistema será implementado na Secretaria de Vigilância em Saúde do Rio antes de ser oferecido à outras capitais. "Estamos começando com Rio de Janeiro, mas as próximas cidades serão Belo Horizonte e Curitiba", ressaltou.

O Mapa de Risco do Info Dengue Rio está disponível na internet.

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