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Ferraço defende entrega de cargos após denúncias contra governo

O senador acredita que o seu partido, o PSDB, deve entregar os cargos que possui no governo Temer

Ricardo Ferraço: "Vou defender que o PSDB entregue os cargos" (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Ricardo Ferraço: "Vou defender que o PSDB entregue os cargos" (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de junho de 2017 às 19h18.

Brasília - O senador Ricardo Ferraço (ES) defendeu que o PSDB entregue os cargos que possui no governo, nesta segunda-feira, 12, durante reunião da Executiva nacional do partido, em Brasília.

Ao chegar na sede da legenda para participar do encontro, que conta com a presença de governadores, ministros e parlamentares, o tucano argumentou que a sigla precisa desembarcar da base aliada, ainda que continue votando a favor das reformas.

"Vou defender que o PSDB entregue os cargos, mas continue apoiando as reformas. A crise vivida pelo governo é insustentável, as denúncias são devastadoras", disse antes de acrescentar que é possível tocar as reformas sem estar ao lado do governo peemedebista.

"A reforma trabalhista pertence ao Estado, não ao governo", complementou.

Questionado sobre os motivos que o levam a defender essa posição, Ferraço fez novas referências às denúncias contra a gestão do presidente Michel Temer. "Os fatos falam por si", emendou.

Principal fiador do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB se reuniu para discutir a relação com o governo.

A reunião, fechada à imprensa, é comandada pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), e conta com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, João Doria.

Como mostrou ontem o Broadcast/Estadão, os tucanos não devem tomar nenhuma decisão sobre desembarque na reunião de hoje.

A avaliação nos bastidores é de que, após a absolvição de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, o PSDB deve agora esperar eventual denúncia contra o presidente que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar até o fim de junho.

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