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Familiares de trabalhadores da Vale em Brumadinho fazem buscas sozinhos

Os parentes encontraram uma passagem aberta pela mineradora, mas que deveria ser utilizada apenas por funcionários nas buscas

Brumadinho: na manhã deste sábado (26), eles tentavam ter acesso à mina (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Brumadinho: na manhã deste sábado (26), eles tentavam ter acesso à mina (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 14h58.

Brumadinho — Familiares de trabalhadores da Vale começaram a fazer buscas por conta própria na região atingida pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Na manhã deste sábado (26), eles tentavam ter acesso à mina.

Bem próximo ao vilarejo Tejuco, os parentes encontraram uma passagem aberta pela mineradora, mas que deveria ser utilizada apenas por funcionários nas buscas.

Carlos Franco, de 40 anos, está em desespero. Ele busca pela mulher, Lenilda Cardoso, gerente do restaurante da mina. O casal está juntos há 20 anos.

"Minha filha, de 4 anos, perguntou onde está a mãe. O que eu digo para ela?", lamentou. "Primos, amigos de infância, estão todos aí".

Nesta manhã, a Vale divulgou em seu site uma lista com os nomes de funcionários com os quais não se conseguiu contato até o momento.

São 413 trabalhadores, dos quais 90 são terceirizados, de acordo com as informações divulgadas às 9h. A lista está sendo atualizada em tempo real, conforme as pessoas são localizadas.

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