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Exército envia paraquedistas e blindados para o Espírito Santo

O governador em exercício considerou na quarta-feira que o contingente de 1.200 homens disponibilizados desde o início da semana "não era suficiente"

Vitória: o Sindicato da Polícia Civil do Espírito Santo informou que foram registradas 101 mortes violentas entre sábado e quinta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
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AFP

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 21h31.

O Exército brasileiro decidiu, nesta quinta-feira (9), enviar paraquedistas e veículos blindados para o Espírito Santo , onde a onda de violência iniciada após a greve dos policiais já deixou - segundo relatos - mais de 100 mortos desde sábado (4).

"A partir de agora, determinei o reforço no ES com tropas paraquedistas, blindadas e aviação do Exército. A missão será cumprida", anunciou no Twitter o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas.

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O governador em exercício do estado, César Colnago, considerou na quarta-feira (8) que o contingente de 1.200 homens disponibilizados desde o início da semana "não era suficiente" para garantir a ordem pública.

Pouco depois, o governo federal anunciou o envio de 550 militares a mais.

Desde sábado, parentes de oficiais da Polícia Militar bloqueiam a saída dos quartéis de várias cidades do Espírito Santo, pedindo melhores salários e condições de trabalho para os policiais. Pela Constituição, a corporação não tem o direito de fazer greve.

A ausência de policiais nas ruas culminou em um aumento de agressões, assaltos e homicídios nas ruas.

Ainda que as autoridades não tenham dado um número oficial, o Sindicato da Polícia Civil do Espírito Santo informou que foram registradas 101 mortes violentas entre sábado e quinta-feira ao meio-dia.

Nesta quinta, o governo estadual lançou um pedido para que a população doe sangue, explicando que as reservas "foram reduzidas ao mínimo nestes últimos dias".

Após finalizar sem acordo a reunião de quarta-feira (8), autoridades e representantes das famílias dos policiais voltaram a se encontrar hoje para buscar uma saída para a crise.

E, enquanto o sentimento de insegurança persiste no estado, a preocupação cresce no Rio de Janeiro diante dos rumores da possibilidade de haver uma greve similar.

O governo do Rio explicou, porém, que o pagamento dos salários atrasados a seus funcionários está em curso e que nenhuma greve está prevista, apesar dos boatos que circulam nas redes sociais e deixam a população em alerta.

O governador Luiz Fernando Pezão afirmou nesta quinta-feira à Rádio Gaúcha que pediu às autoridades federais que o Exército esteja pronto para intervir.

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