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Executivos da Odebrecht assinam colaboração com a Lava Jato

Segundo a GloboNews, que disse ter confirmado a informação com três fontes, entre os executivos também está o ex-presidente da empreiteira

Odebrecht: segundo a emissora, a empresa também deve assinar um acordo de colaboração (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Odebrecht: segundo a emissora, a empresa também deve assinar um acordo de colaboração (REUTERS/Rodrigo Paiva)

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Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 15h11.

Última atualização em 23 de novembro de 2016 às 16h08.

São Paulo - Setenta e oito executivos da empreiteira Odebrecht assinaram nesta quarta-feira acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras, e a própria empresa assinará um acordo similar em Curitiba na quinta-feira, disse a GloboNews.

Segundo a emissora, que disse ter confirmado a informação com três fontes não identificadas, entre os executivos também está o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba e já condenado em ação da Lava Jato.

Os depoimentos de executivos e funcionários da empreiteira que aceitaram firmar um acordo devem começar entre duas a três semanas após a assinatura do documento, disse a emissora.

Procurada pela Reuters, a Procuradoria-Geral da República afirmou que não comentará a informação. A Odebrecht também informou que não vai comentar.

Uma fonte diretamente envolvida nas negociações informou à Reuters, no entanto, que seria "difícil um acordo esta semana".

Marcelo Odebrecht já foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão em ação penal da Lava Jato.

Nas investigações da Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram uma planilha que, afirmam, indica pagamentos feitos pela empreiteira a políticos de vários partidos.

Não ficou claro à época se os dados da planilha se referiam a repasses de propina, a doações legais para campanhas eleitorais ou a doações não contabilizadas.

Como na delação da empreiteira e de seus executivos e funcionários devem ser citados políticos com mandato, os acordos terão de ser analisados pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato na corte.

Caberá a Teori decidir se valida esses acordos e permite que as delações sejam usadas nas investigações ou se os rejeita e os declara nulos.

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