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Executivo vai denunciar propina em Belo Monte, diz jornal

Dalton Avancini fechou acordo de delação premiada e deve e já disse aos procuradores que a Camargo Correa pagou propina por contratos da Belo Monte

Vista aérea do Rio Xungu em área de construção de Belo Monte (junho de 2012) (Getty Images)

Vista aérea do Rio Xungu em área de construção de Belo Monte (junho de 2012) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2015 às 14h58.

São Paulo — O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, vai confessar em delação premiada que sua empresa pagou propina de até R$ 100 milhões para conseguir contratos para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, informa o jornal O Globo deste domingo.

Avancini, preso há pouco mais de cem dias na operação Lava Jato, fechou um acordo de delação premiada e deve ir para prisão domiciliar em breve. Segundo o Estadão, uma das condições para que o acordo de delação premiada fosse aprovada era a de que Avancini deveria ir além da Petrobras.

E foi. Ainda de acordo com O Globo, o executivo deu detalhes sobre como foram fechados os contratos de Belo Monte. Para ficar com 16% dos deles, a Camargo Correa pagou cerca de R$ 100 milhões, que teriam sido divididos entre PT e PMDB.

Avancini também deve confirmar a existência do clube das empreiteiras e a atuação dele em obras fora da Petrobras. Outra expectativa dos procuradores é a de que o executivo da Camargo Correa esclareça a participação do lobista Fernando Baiano no esquema.

As obras de Belo Monte, no Pará, devem custar aos cofres públicos R$ 19 bilhões.

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