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Ex-gerente foi ameaçada após fazer denúncias sobre Petrobras

"Por telefone, ameaçaram invadir minha casa. Também recebi ameaças pessoalmente de uma pessoa que não conheço, que me mandou ficar quieta", relatou Venina

Após um desabafo sobre a forma como a companhia a tratou após as denúncias que fez, Venina disse que faria tudo novamente se fosse necessário (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 17h14.

Brasília - A ex-gerente da área de abastecimento da Petrobras Venina Velosa disse nesta terça-feira, 22, em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados , que sofreu ameaças após ter feito denúncias sobre irregularidades na companhia.

"Por telefone, ameaçaram invadir minha casa. Também recebi ameaças pessoalmente de uma pessoa que não conheço, que me mandou ficar quieta", relatou.

Após um desabafo sobre a forma como a companhia a tratou após as denúncias que fez, Venina disse que faria tudo novamente se fosse necessário.

"Não me arrependo de nada que fiz. Tive vários problemas com minhas filhas e meu marido, mas faria de novo, talvez de uma forma mais inteligente, indo ao Ministério Público diretamente ao invés de ter seguido a hierarquia da empresa", completou.

Venina disse também que passou a ser vista como "pessoa problema" para a empresa após denúncias feitas por ela sobre irregularidades em contratos da empresa desde 2008. Segundo ela, outros funcionários da companhia também foram perseguidos.

"Quem apresentava sugestões para melhorar processos era visto como 'uma pedra no caminho'. Eu, por exemplo, cheguei a ser exilada. Com a formação e a experiência que tenho, hoje tenho dificuldades em me recolocar na empresa", afirmou, em resposta a perguntas feitas pela deputada Eliziane Gama (PPS-MA).

Ela também negou que contratos da firmados pela Petrobras com a empresa Salvaterra, de seu marido, Maurício Luiz, tenham tido sua interferência.

O deputado Aluisio Mendes (PSDC-MA) questionou o fato de esses processos terem ocorrido por contratação direta, sem licitação.

"No momento de assinatura desses contratos eu ainda não tinha relações com o meu marido e, quando assumi o relacionamento, foi feito o destrato. Não houve desvio legal ou ético", alegou.

Em resposta a questionamentos feitos pelo deputado Andre Moura (PSC-SE), Venina disse acreditar que a ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster foi sincera ao declarar na CPI sentir vergonha da corrupção descoberta na estatal.

"Graça sempre fui uma funcionária dedicada e certamente também ficou decepcionada com o que aconteceu", respondeu.

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Brasília - A ex-gerente da área de abastecimento da Petrobras Venina Velosa disse nesta terça-feira, 22, em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados , que sofreu ameaças após ter feito denúncias sobre irregularidades na companhia.

"Por telefone, ameaçaram invadir minha casa. Também recebi ameaças pessoalmente de uma pessoa que não conheço, que me mandou ficar quieta", relatou.

Após um desabafo sobre a forma como a companhia a tratou após as denúncias que fez, Venina disse que faria tudo novamente se fosse necessário.

"Não me arrependo de nada que fiz. Tive vários problemas com minhas filhas e meu marido, mas faria de novo, talvez de uma forma mais inteligente, indo ao Ministério Público diretamente ao invés de ter seguido a hierarquia da empresa", completou.

Venina disse também que passou a ser vista como "pessoa problema" para a empresa após denúncias feitas por ela sobre irregularidades em contratos da empresa desde 2008. Segundo ela, outros funcionários da companhia também foram perseguidos.

"Quem apresentava sugestões para melhorar processos era visto como 'uma pedra no caminho'. Eu, por exemplo, cheguei a ser exilada. Com a formação e a experiência que tenho, hoje tenho dificuldades em me recolocar na empresa", afirmou, em resposta a perguntas feitas pela deputada Eliziane Gama (PPS-MA).

Ela também negou que contratos da firmados pela Petrobras com a empresa Salvaterra, de seu marido, Maurício Luiz, tenham tido sua interferência.

O deputado Aluisio Mendes (PSDC-MA) questionou o fato de esses processos terem ocorrido por contratação direta, sem licitação.

"No momento de assinatura desses contratos eu ainda não tinha relações com o meu marido e, quando assumi o relacionamento, foi feito o destrato. Não houve desvio legal ou ético", alegou.

Em resposta a questionamentos feitos pelo deputado Andre Moura (PSC-SE), Venina disse acreditar que a ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster foi sincera ao declarar na CPI sentir vergonha da corrupção descoberta na estatal.

"Graça sempre fui uma funcionária dedicada e certamente também ficou decepcionada com o que aconteceu", respondeu.

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