Ex-diretores do Inep são condenados a multa pelo vazamento do Enem 2009
A decisão determina ainda que o Inep deve dar explicações sobre os valores ressarcidos ao consórcio Connasel, responsável pela aplicação da nova prova do Enem naquele ano
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 18h35.
Brasília - O ex-diretor de Avaliação da Educação Básica Heliton Tavares e o ex-coordenador-geral de Exames para Certificação Dorivan Gomes, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram condenados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a pagar multas de R$ 5 mil e R$ 3 mil, respectivamente, por falhas na fiscalização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009.
A decisão determina ainda que o Inep deve dar, em 15 dias, contados a partir do conhecimento da decisão, explicações sobre os valores ressarcidos ao consórcio Connasel, na contratação emergencial para aplicação da segunda prova do Enem daquele ano.
Segundo o documento, houve falhas na inspeção, por parte do instituto, quanto às medidas de segurança que a gráfica responsável por imprimir as provas deveria tomar. Entre elas, estavam a falta de câmeras em locais estratégicos, a não assinatura do termo de sigilo pelo pessoal da gráfica envolvido no manuseio da material, o número excessivo de pessoas envolvidas na tarefa e a não separação do pessoal que manipulava a prova do restante do pessoal da gráfica.
O relatório informa que o acompanhamento das medidas de segurança in loco terminaram em 28 de agosto de 2009. Depois disso, houve apenas contatos telefônicos reiterando a necessidade de que as medidas de segurança fossem tomadas. O contrato entre o Inep e o consórcio previa que este era responsável pelas medidas necessárias ao sigilo dos dados relativos a prova.
A reportagem procurou o Inep, mas até a publicação da matéria não recebeu retorno.