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EUA mostram esperança em reativar relação com Brasil

Relação foi abalada por diferenças sobre o programa de espionagem americano


	Obama e Dilma durante uma reunião no Salão Oval, na Casa Branca, em abril de 2012
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Obama e Dilma durante uma reunião no Salão Oval, na Casa Branca, em abril de 2012 (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 21h23.

Washington - Os Estados Unidos mostraram nesta quarta-feira ter "esperanças" de poder reativar a relação com o Brasil, abalada por diferenças sobre o programa de espionagem americano, na reunião marcada para o final de semana entre os presidentes de ambos países durante a Cúpula do G20 na Austrália.

A porta-voz do Departamento de Estado de EUA, Jen Psaki, assegurou que há grandes expectativas com relação à reunião entre o presidente americano, Barack Obama, e a brasileira, Dilma Rousseff, e sobre a possibilidade de criar uma nova fase na relação após a reeleição da governante em outubro.

"Falei disto com o secretário de Estado (John) Kerry, e ele sente que, depois das recentes eleições no Brasil, está esperançoso de que possamos impulsionar realmente a relação", disse Psaki em entrevista coletiva.

"Tivemos alguns desacordos ao longo do último ano, aproximadamente, e isso não é um segredo, mas o Brasil continua sendo um aliado importante. Ele (Kerry) está esperançoso de que possamos nos envolver mais e mais em nossa relação ali", acrescentou.

Nesse sentido, Psaki previu que durante a reunião marcada durante a Cúpula do G20 (principais economias mundiais avançadas e emergentes), Obama e Dilma "falarão sobre como impulsionar a relação".

As relações entre os dois países foram seriamente afetadas por causa das revelações do ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) americano Edward Snowden, em 2013, que denunciou que Washington espionou as comunicações pessoais de Dilma, assim como de ministros e de empresas brasileiras.

Devido às denúncias de Snowden, negadas pelo governo dos Estados Unidos, Dilma suspendeu uma visita de Estado que tinha previsto fazer a Washington em outubro do ano passado.

O primeiro contato de alto nível entre ambos governos após o escândalo da NSA aconteceu em junho, quando o vice-presidente americano, Joe Biden, visitou o Brasil por conta da Copa do Mundo de Futebol e manteve uma reunião privada com Dilma em Brasília.

Por outro lado, a reunião entre Obama e Dilma acontecerá dias depois que meios de comunicação indicaram que as autoridades americanas investigam se a Petrobras, seus empregados, intermediários e contratistas violaram a Lei de Práticas Corruptas no exterior, que proíbe o suborno a funcionários estrangeiros para a obtenção de contratos.

Dilma disse hoje que entende que as autoridades americanas investiguem a Petrobras, e assegurou que não abordará este assunto com Obama durante a reunião que ambos manterão na cidade australiana de Brisbane.

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