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Estudantes do Mackenzie denunciam caso de racismo na universidade

Uma postagem do Coletivo Negro Afromack e do diretório da Faculdade de Arquitetura nas redes sociais revelaram o caso de racismo contra um aluno e seu irmão

Mackenzie: a universidade ainda não se posicionou sobre o caso (Alexandre Battibugli/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 17h41.

São Paulo - Estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie , no centro de São Paulo, denunciaram um caso de racismo contra um aluno e seu irmão dentro do campus da instituição.

O Coletivo Negro Afromack e diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Dafam) publicaram nas redes sociais o relato da situação, que ocorreu no dia 17 de agosto.

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Segundo o texto, o aluno do Centro de Comunicação e Letras (CCL) levou o irmão para conhecer o campus do Mackenzie, já que ele tem vontade de estudar na universidade também.

Ainda na portaria da instituição, a entrada do jovem foi barrada pelos seguranças. O aluno teria explicado que só apresentaria o campus ao irmão e ele acabou sendo liberado a entrar.

Os dois seguiam ao Dafam, quando perceberam que era acompanhados de longe por vários seguranças.

"Uma quantidade totalmente desproporcional de seguranças aguardava-os na entrada do diretório, continuando a observá-los nos ambientes externos do campus até a saída de ambos. Houve ainda, o comentário do segurança para um aluno da arquitetura, dizendo que estava fazendo aquilo para segurança deste (aluno branco)", relata o texto.

Na publicação, o coletivo disse estar "consternado" com o fato, já que a atitude dos seguranças com visitantes brancos não é a mesma que ocorreu.

"Fato que evidencia o racismo presente dentro da Instituição, onde sempre há um inimigo a ser perseguido e este é construído sob um olhar subjetivo, onde o perfil da ameaça é sempre marcado pelo fenótipo", diz.

Os alunos ainda lembraram que essa não foi a primeira situação de racismo ocorrida dentro da universidade."Pichações nos banheiros, piadas e constante reafirmação de estereótipos dentro e fora das salas de aula", exemplifica o texto.

Procurado, o Mackenzie ainda não se posicionou sobre o caso.

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