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Estação brasileira de pesquisa será uma das mais modernas da Antártica

O governo Federal investiu cerca de 100 milhões de dólares na construção do novo centro de pesquisas que possui 17 laboratórios

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Antártica: O Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas no país (Alan Arrais/NBR/Agência Brasil)

Antártica: O Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas no país (Alan Arrais/NBR/Agência Brasil)

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Agência Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às, 16h54.

Depois de seis dias de viagem no navio Almirante Maximiano a equipe da Empresa Braisl de Comunicação (EBC) finalmente chegou em terra firme na Antártica. O desembarque foi realizado na ilha de Rei George onde fica a Estação Comandante Ferraz. No local, está praticamente tudo pronto para a reinauguração do centro de pesquisas do Brasil no continente gelado.

Os militares da Marinha que trabalham estão realizando os últimos testes elétricos e hidráulicos na estação. Do lado de fora, está sendo montada a estrutura onde vai ser realizada a cerimônia de reinauguração que vai contar com a presença do vice-presidente da República Hamilton Mourão. O evento vai ser transmitido ao vivo pela TV Brasil e pelas redes sociais da EBC.

O governo Federal investiu cerca de 100 milhões de dólares na construção do novo centro de pesquisas do Brasil na Antártica que possui 17 laboratórios e pode hospedar 64 pessoas.

O projeto de engenharia da Estação Comandante Ferraz foi desenvolvido para reduzir os impactos ambientais. Trinta por cento da energia consumida no centro de pesquisa vem de fontes renováveis produzidas por placas solares e por uma mini usina eólica instalada no local. Outro detalhe que chama a atenção é que o calor emitido pelos geradores de energia ao invés de ser lançado para o ar é canalizado para aquecer a usina. Detalhes que fazem a Estação Comandante Ferraz ser considerada uma das estações mais modernas da região Antártica.

O professor de microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Luiz Rosa, será um dos primeiros pesquisadores que vai utilizar as novas instalações da nova estação. Ele já está na Antártica montando o laboratório onde vai trabalhar. O professor diz que a nova estação vai permitir que as pesquisas continuem sendo realizadas também no inverno.

Luiz estuda fungos que são encontrados apenas no polo sul. A pesquisa pode ajudar no desenvolvimento de novos antibióticos que poderão ser usados para tratar doenças como dengue e chicungunya. Outra pesquisa desenvolvida pelo professor Luiz permitiu descobrir plantas que ficam durante 6 meses debaixo da neve e sobrevivem. "Por algum motivo elas não congelam e isso pode ajudar no desenvolvimento de anti congelantes para a indústria e também para a medicina".

O Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas na Antártica. Esta presença é muito importante porque de acordo com o tratado antártico, só quem desenvolve pesquisas na região poderá definir o futuro do continente gelado.

O professor de Biologia da Universidade de Brasília, Paulo Câmara, que está pela sétima vez na Antártica, diz que a presença brasileira na região tem uma grande importância geopolítica para garantir a participação do país em decisões sobre um continente que apresenta uma grande biodiversidade. "A Antártica é tão importante quanto a floresta amazônica. Aqui encontramos espécies de plantas com 600 anos de existência que ainda são pouco conhecidas".

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