Esquema de segurança no Rio contará com 20 mil homens
A cidade, que sediará sete jogos da Copa, incluindo a final, terá mais de 20 mil homens das forças de segurança trabalhando diariamente durante o evento
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2014 às 14h08.
Rio de Janeiro -A cidade do Rio de Janeiro , que sediará sete jogos da Copa do Mundo , incluindo a final do campeonato, deve receber mais de meio milhão de turistas durante o Mundial, segundo o Ministério do Turismo .
Para garantir a segurança desses visitantes e da população local, a capital fluminense terá mais de 20 mil homens das forças de segurança federal, estadual e municipal trabalhando diariamente durante o evento.
Desse total, cerca de 2 mil vão atuar no entorno e no interior do Estádio do Maracanã e em locais turísticos.
De acordo com o delegado Anderson Bichara, da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, todos os trabalhos e as ações serão coordenados pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), construído com recursos do governo federal, para reforçar a segurança da Copa do Mundo.
“Haverá também um centro móvel, próximo ao Maracanã, helicópteros, que vão produzir imagens em tempo real, e plataformas de visualização elevada”, explicou Bichara que irá coordenar o centro no Rio.
Um telão de cinco metros de altura por 17 de comprimento, com 98 monitores exibirá mapas e as principais imagens da cidade.
Bichara explicou que o Centro Nacional está em Brasília, mas poderá, por motivos estratégicos, funcionar na capital fluminense.
As Forças Armadas disponibilizaram 5,3 mil homens.
A Polícia Militar terá 8,1 mil policiais à disposição e deixou de prontidão quase 2,6 mil policiais, em caso de necessidade.
A instituição adquiriu aproximadamente 4,8 mil sprays de pimenta para possíveis confrontos nas ruas da cidade.
O Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas terá 400 homens nos principais pontos turísticos da capital fluminense.
Já a Polícia Civil investiu mais R$ 1 milhão em equipamentos de segurança com foco na Copa e nas Olimpíadas de 2016, entre eles: dois robôs, máquinas de raio-X e quatro vestimentas antibomba.
O robô é capaz de remover artefatos suspeitos por meio de controle remoto.
Cerca de 40 agentes da força especial do Esquadrão Antibomba da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) ficarão de prontidão em aeroportos, centros de treinamento de seleções, no Estádio do Maracanã e hotéis das delegações.
No Maracanã, será instalada também uma base avançada do esquadrão e serão feitas varreduras no campo, nas arquibancadas, banheiros e outros setores do estádio antes de todo o jogo com o apoio da Polícia Federal.
Além da delegacia especializada para o atendimento ao turista, núcleos de atendimento serão criados nos locais mais frequentados pelos turistas e 156 policiais proficientes em línguas estrangeiras estarão de plantão durante o período das competições.
A corporação também instalou uma unidade de Polícia Judiciária na Cidade da Polícia, zona norte, para atender ocorrências que envolvam número grande de pessoas.
A Força Naval Componente empregará aproximadamente 23 embarcações e 2 mil militares que vão trabalhar de forma integrada com o Centro de Coordenação de Defesa de Área do Rio de Janeiro (CCDA/RJ).
Embarcações irregulares poderão ser escoltadas e autuadas.
Cerca de 1,5 mil bombeiros foram convocados, número que representa reforço de 50% do efetivo diário.
Ao todo, dez grupos táticos avançados ficarão a postos para uma emergência em vias estratégicas, nas proximidades de hotéis da cidade, centros de treinamentos, eventos e pontos turísticos.
A orla ganhará mais 90 guarda-vidas além dos 183 que trabalham diariamente nas praias da capital, com 18 embarcações e aeronaves para os salvamentos.
Em dias de jogos, 150 bombeiros e 50 agentes de Defesa Civil estadual estarão posicionados no interior e no entorno do Estádio do Maracanã.
Para patrulhar as cinco principais rodoviais de chegada à cidade, foram convocados cerca de 800 policiais federais.
O efetivo da Guarda Municipal será de pelo menos 1,2 mil homens do dia 2 de junho até o fim da Copa.
Entregue oficialmente: 14 de abril de 2013
Capacidade FIFA: 42.849 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 46.106 pessoas
Custo inicial: R$ 529,5 milhões
Custo final: R$ 532,6 milhões
Problemas: Distante 19km do centro do Recife, o estádio tem causado problemas aos torcedores que utilizam o transporte público. Na Copa das Confederações o sistema que integra metrô e ônibus ficou muito congestionado
Curiosidades: Uma usina solar instalada nas proximidades do estádio é capaz de suprir 30% do consumo da Arena. É o primeiro passo para a Cidade da Copa prevista para 2026, que visa trazer desenvolvimento à região oeste do Grande Recife
Entregue oficialmente: 18 de maio de 2013
Capacidade FIFA: 68.009 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 72.788 pessoas
Custo inicial: 745,3 milhões
Custo final: R$ 1,4 bilhão
Problemas: Morte de um operário em junho de 2012. O gramado ficou castigado após a sequência de jogos em 2013 e foram observadas goteiras no estádio. Brasília não tem clubes de expressão, o que deixa a sobrevivência do Mané Garrincha dependente do futebol de outras regiões e eventos não ligados ao futebol
Curiosidades: É a obra mais cara dentre os estádios para a Copa do Mundo 2014 -- custou o dobro do Soccer City, palco da final da última Copa. Foi concebido dentro do estilo arquitetônico da cidade, projetada na década de 50 por Niemayer. Recebeu a abertura da Copa das Confederações
Entregue oficialmente: 2 de junho 2013
Capacidade FIFA: 73.531 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 78.838 pessoas
Custo inicial: R$ 600 milhões
Custo final: R$ 1,05 bilhão
Problemas: O gramado sofre com a grande quantidade de jogos. Filas extensas foram registradas na compra e retirada de ingressos
Curiosidades: Os torcedores mais saudosos sentiram falta da famosa “Geral do Maraca” e da rede em formato “Véu de Noiva”. Recebeu a final da Copa das Confederações e vai ser o palco da grande final da Copa do Mundo, em 2014
Previsão de entrega: Final de abril de 2014
Capacidade FIFA: 41.456 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 43 mil pessoas
Orçamento inicial: R$ 184,5 milhões
Orçamento final: R$ 326,7 milhões
Problemas: Sofreu com as greves e é o estádio mais atrasado dentre as sedes da Copa. Em janeiro, a FIFA ameaçou retirar a casa do Atlético-PR do mundial e exigiu um acréscimo na quantidade de operários que trabalham na obra. Cerca de 500 trabalhadores foram contratados para a etapa final de construção. No dia 18 de fevereiro, mais uma inspeção será feita para decidir se a Arena tem, ou não, condições de receber jogos da Copa do Mundo
Curiosidades: Foi o primeiro estádio brasileiro construído no formato de Arena e, por isso, era considerado um dos mais simples a ser reformado, o que não se concretizou
Previsão de entrega: Está 99% pronta 15 de fevereiro de 2014
Capacidade FIFA: 50.287 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 51.300 pessoas
Custo inicial: R$ 130 milhões.
Custo final: R$ 330 milhões
Problemas: Em 2012, impasses na assinatura do contrato entre o Internacional e a construtora Andrade Gutierrez deixaram as obras paralisadas por oito meses. Uma vistoria realizada em dezembro de 2013 constatou a presença de 63 operários estrangeiros trabalhando de maneira ilegal. A instalação da cobertura demorou a ser iniciada
Curiosidades: O estádio tem um conceito focado na sustentabilidade. As membranas da cobertura absorvem 65% menos calor. A água da chuva será reaproveitada para irrigação e limpeza. Os banheiros utilizam o sistema de descarga a seco, o que reduz o odor e o piso molhado
Entregue oficialmente: 22 de janeiro de 2014
Capacidade FIFA: 42.086 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 42.000 pessoas (10.600 temporários)
Custo inicial: R$ 350 milhões
Custo final: R$ 400 milhões
Problemas: Alguns problemas de acabamento foram identificados na abertura do estádio. Faltou condicionares de ar em algumas áreas. Em outras era possível observar tapumes remanescentes das obras
Curiosidades: Com um estilo ousado, a Arena das Dunas surpreendeu pela beleza. É considerada uma das mais bonitas das últimas Copas
Previsão de entrega: Está 95% pronta, conclusão para o final de março/ início abril de 2014
Capacidade FIFA: 42.968 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 44.300 (18 mil temporários)
Custo inicial: R$ 454,2 milhões
Custo final: R$ 570 milhões
Problemas: Está com o cronograma atrasado. O futebol do Mato Grosso carece de clubes com tradição, portanto encher o estádio após a Copa e fazê-lo rentável é um dos grandes desafios do Comitê Organizador Local. O gramado apresentou falhas e teve der ser replantado
Curiosidades: Houve um princípio de incêndio e um protesto de professores durantes as obras
Entregue oficialmente: 16 de dezembro de 2012
Capacidade FIFA: 58.704 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 63.903 pessoas
Custo inicial: R$ 623 milhões
Custo final: R$ 518,6 milhões
Problemas: O entorno do estádio ainda apresenta deficiências na questão da mobilidade. Algumas das principais vias estão interditadas por conta das obras, o que prejudica o acesso ao torcedor
Curiosidades: Foi o primeiro estádio a ficar pronto e o único que custou menos do que o previsto
Entregue oficialmente: 5 de abril de 2013
Capacidade FIFA: 52.048 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 55 mil pessoas (5 mil lugares provisórios)
Custo inicial: R$ 591,7 milhões
Custo final: R$ 689,4 milhões
Problemas: Torcedores alegaram que existem pontos cegos nas arquibancadas do estádio, que impedem a perfeita visualização da partida
Curiosidades: Na inauguração da Fonte Nova, torcedores do Bahia, revoltados com a derrota para o rival Vitória, arremessaram Caxirolas no gramado. Após várias discussões, o acarajé, símbolo da culinária da Bahia foi liberado para venda, com o tempero típico das baianas
Previsão de entrega: Está 99% pronta, deve ser inaugurada ainda em fevereiro 2014
Capacidade FIFA: 42.337 pessoas
Capacidade Portal da Copa: 44 mil pessoas
Custo inicial: R$ 515 milhões
Custo final: 669,5 milhões
Problemas: Três operários morreram nas obras da Arena Amazônia. As chuvas atrasaram a finalização do estádio. Sem times de expressão, corre o risco de se transformar em um “Elefante Branco”
Curiosidades: A distância da Arena Manaus para as demais sedes e os altos índices de umidade da região prometem ser um fator negativo para as seleções que irão jogar na Amazônia