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Espumas de carnaval podem causar problemas nos olhos

De acordo com Mutti, os danos podem acarretar problemas mais graves, como uma úlcera de córnea, caso não sejam devidamente tratados

Bloco de carnaval: de acordo com Mutti, os danos podem acarretar problemas mais graves, como uma úlcera de córnea, caso não sejam devidamente tratados (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 16h34.

São Paulo - Diante de tantos cuidados que devem ser tomados durante o carnaval , a precaução com os olhos acaba ficando muitas vezes em segundo plano.

Mas as espumas em spray utilizadas nos dias de folia podem prejudicar a vista.

"Causa irritação local, alergia, queimadura e lesões na córnea e na membrana ocular", afirma Anibal Mutti, oftalmologista do Hospital 9 de Julho.

"O contato da substância com o olho é um trauma químico que evolui conforme a quantidade que entra e o tempo que passa sem lavar. Já o trauma mecânico é o impacto físico do jato de espuma que vai direto nos olhos", explica Marcus Sáfady, membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e consultor do Instituto Varilux da Visão.

De acordo com Mutti, os danos podem acarretar problemas mais graves, como uma úlcera de córnea, caso não sejam devidamente tratados.

"O mais importante é limpar com água corrente limpa, filtrada, mineral ou soro fisiológico, lavar bem, retirar toda a espuma e o material estranho dos olhos", salienta.

Sáfady também recomenda cuidados imediatos se a espuma for lançada nos olhos, mas destaca a importância de procurar um oftalmologista nos casos em que o paciente não melhorar.

"Se após a primeira hora, ainda apresentar sintomas como olhos vermelhos e visão turva, esse trauma químico inicial pode se transformar em uma patologia, um trauma de córnea", afirma.

Mutti ressalta que carnaval é uma época especialmente problemática para os olhos por vários fatores.

"Além das espumas, confetes e ciscos, as pessoas não fazem uma boa higiene das mãos nas festas, às vezes cai bebida nos olhos e brigas são muito comuns nessa época. Há maior incidência de ferimentos perfurantes oculares", alerta.

Em 2012, um projeto de lei apresentado pelo ex-deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) tentou proibir a fabricação e comercialização de espuma em aerossol, argumentando que "esses produtos podem causar irritação na pele, nas mucosas, nos olhos, dificuldades na respiração, além do risco de explosão dos frascos recipientes". A proposta foi arquivada pelo Congresso em 2015.

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São Paulo - Diante de tantos cuidados que devem ser tomados durante o carnaval , a precaução com os olhos acaba ficando muitas vezes em segundo plano.

Mas as espumas em spray utilizadas nos dias de folia podem prejudicar a vista.

"Causa irritação local, alergia, queimadura e lesões na córnea e na membrana ocular", afirma Anibal Mutti, oftalmologista do Hospital 9 de Julho.

"O contato da substância com o olho é um trauma químico que evolui conforme a quantidade que entra e o tempo que passa sem lavar. Já o trauma mecânico é o impacto físico do jato de espuma que vai direto nos olhos", explica Marcus Sáfady, membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e consultor do Instituto Varilux da Visão.

De acordo com Mutti, os danos podem acarretar problemas mais graves, como uma úlcera de córnea, caso não sejam devidamente tratados.

"O mais importante é limpar com água corrente limpa, filtrada, mineral ou soro fisiológico, lavar bem, retirar toda a espuma e o material estranho dos olhos", salienta.

Sáfady também recomenda cuidados imediatos se a espuma for lançada nos olhos, mas destaca a importância de procurar um oftalmologista nos casos em que o paciente não melhorar.

"Se após a primeira hora, ainda apresentar sintomas como olhos vermelhos e visão turva, esse trauma químico inicial pode se transformar em uma patologia, um trauma de córnea", afirma.

Mutti ressalta que carnaval é uma época especialmente problemática para os olhos por vários fatores.

"Além das espumas, confetes e ciscos, as pessoas não fazem uma boa higiene das mãos nas festas, às vezes cai bebida nos olhos e brigas são muito comuns nessa época. Há maior incidência de ferimentos perfurantes oculares", alerta.

Em 2012, um projeto de lei apresentado pelo ex-deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) tentou proibir a fabricação e comercialização de espuma em aerossol, argumentando que "esses produtos podem causar irritação na pele, nas mucosas, nos olhos, dificuldades na respiração, além do risco de explosão dos frascos recipientes". A proposta foi arquivada pelo Congresso em 2015.

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