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Escolher presidenciável do PSDB em abril é improviso, diz Alckmin

Declaração foi dada um dia após a divulgação da pesquisa CNT/MDA, que mostra o governador atrás de seu afilhado político, o prefeito João Doria

Geraldo Alckmin: "se tivermos dois candidatos, podemos marcar prévias para o comecinho do ano. Não precisa ser decidido nada agora, mas não defendo deixar nada para a última hora" (Gilberto Marques / Governo do Estado de SP/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 13h34.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta quarta-feira, 20, que deixar a escolha do candidato à Presidência da República pelo partido para abril ou maio é "fazer política de improviso" e afirmou que pesquisa eleitoral "não é parâmetro" para a escolha do presidenciável.

A declaração foi dada um dia após a divulgação da pesquisa CNT/MDA, que mostra o governador abaixo das intenções de voto de seu afilhado político, o prefeito João Doria (PSDB).

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"Se tivermos dois candidatos, podemos marcar prévias para o comecinho do ano. Não precisa ser decidido nada agora, mas não defendo deixar nada para a última hora. Tudo o que é improvisado é mal feito. Aliás, no Brasil precisamos parar com a improvisação, inclusive na política", afirmou o governador em evento do Prêmio Excelência em Competitividade, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A escolha até o fim do ano para o candidato ao Planalto pode favorecer o governador, mas não é consenso dentro da legenda.

Segundo o levantamento, divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Doria está com 2,4% das intenções de voto, um crescimento de 2.1 pontos percentuais em relação a fevereiro. Já Alckmin aparece com 1,2% dos votos, ante 0,7% no levantamento anterior.

Os números têm como base a consulta de intenção de voto espontânea, ou seja, quando não é apresentado nenhum nome aos entrevistados.

O governador justificou o resultado, também, dizendo que não tem feito tantas viagens pelo País. "Também não tenho viajado tanto", disse, numa declaração que parecer uma alfinetada a Doria - que tem feito viagens nacionais e internacionais.

Na contramão do que tem dito Doria, que levanta a ideia de que o PSDB considere as pesquisas eleitorais para a escolha do candidato, Alckmin diz que os levantamentos não devem ser padrão para a escolha.

"Este não deve ser o parâmetro. Se fosse escolher por pesquisa, o segundo turno em São Paulo (para a prefeitura) teria sido entre Celso Russomano e Marta Suplicy".

Apesar de não ser o tucano melhor sucedido no levantamento, Alckmin disse ter considerado o resultado ótimo.

"Achei ótima a pesquisa. Estamos praticamente empatados. E eu não disputei eleição no ano passado. A última que disputei foi em 2014 e eleição para governador fica sempre escondida por causa da eleição para presidente."

"Precisamos planejar as coisas. O País é um país continental. Quem for escolhido candidato, vai ter de fazer alianças, discutir um grande projeto para o Brasil com a sociedade, viajar pelos vários Brasis. Por isso, tenho defendido, que não se pode deixar para lá na frente, na última hora", finalizou o governador tucano.

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