Operação Carne Fraca: a Secretaria Municipal da Educação informou que "os produtos adquiridos pelas escolas municipais passam por diversos testes" (Antônio Cruz/ABr/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 20 de março de 2017 às 19h58.
As merendas das escolas estaduais de São Paulo e das municipais da capital paulista não vão sofrer alterações após a Operação Carne Fraca ter detectado problemas e falhas na fiscalização de produtos de grandes frigoríficos do país.
Procuradas pela Agência Brasil, as secretarias estadual e municipal de Educação informaram que fizeram uma análise criteriosa dos laudos e não verificaram problemas nos produtos que são disponibilizados para as refeições escolares.
Com isso, a carne será mantida nas escolas.
A Secretaria Estadual da Educação disse que técnicos do Departamento de Alimentação e Assistência analisaram os laudos emitidos pelos órgãos fiscalizadores e concluíram não haver risco em manter o consumo de carne nas refeições servidas nas escolas do estado.
"Apenas por precaução, a secretaria continuará a fazer novos testes na carne servida nas 3,2 mil escolas da rede - unidades onde a distribuição é feita pela pasta. A medida é de rotina e condiz com a prática habitual da secretaria em relação aos produtos fornecidos às crianças e jovens", diz o órgão, em nota.
Segundo a secretaria estadual, houve uma suspensão temporária no fornecimento de carne para as escolas até que os laudos pudessem ser analisados.
"A suspensão temporária decorreu do excesso de zelo da secretaria, ante a repercussão do noticiário, mas não se mostrou necessária, pois foram constatados que os cuidados tomados pelos setores encarregados já eram suficientes para garantir uma alimentação adequada e nutritiva aos alunos".
A secretaria não informou quanto tempo durou a suspensão.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Educação informou que "os produtos adquiridos pelas escolas municipais passam por diversos testes e precisam de laudos laboratoriais que comprovem a qualidade".
A secretaria confirmou que as carnes da Friboi, uma das empresas sob investigação na operação, continuarão sendo servidas nas merendas já que esses produtos "não são produzidos nas localidades citadas na investigação".
A rede municipal fornece refeições para quase 1 milhão de alunos.