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ES tenta convencer governo a vetar projeto de royalties

Governador quer que a destinação decidida anteriormente não seja afetada pelo novo texto


	Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, quer sensibilizar Dilma
 (Agência Senado)

Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, quer sensibilizar Dilma (Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2012 às 18h54.

Brasília - O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, esteve reunido nesta terça-feira com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em continuidade à peregrinação que está fazendo em Brasília para sensibilizar todos os setores do governo a convencer a presidente Dilma Rousseff a vetar o projeto que trata da distribuição dos royalties. Depois do encontro, em entrevista, Casagrande informou que Ideli reiterou que a presidente Dilma vai decidir "nas últimas horas". Segundo relato do governador, a ministra reafirmou que "a presidente já manifestou sua opinião de ser contra o rompimento de contratos". Ainda segundo Casagrande, Ideli ressalvou que, neste momento, "a presidente está refletindo" sobre o tema.

O governador do Espírito Santo disse que está buscando contato com todas as pessoas possíveis "do entorno" da presidente para defender o veto parcial do texto. Na segunda-feira (19), esteve com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Vitória. Nesta terça-feira, falou com Ideli e pretende falar ainda com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, e com o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo. Casagrande participará de uma reunião de comitê de defesa do Espírito Santo na próxima sexta-feira e, na segunda-feira, estará ao lado do governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, na manifestação "Veta Dilma". Casagrande ressaltou que a presidente Dilma tem argumentos políticos e jurídicos para vetar parte do texto, que está "cheio de erros".

Sobre a disposição anunciada pelo governo de destinar todos os recursos futuros do pré-sal para a educação, usando para isso a inclusão desse dispositivo no texto do Plano Nacional de Educação, o governador disse não ver problema. "Carimbar o futuro, para nós, não é problema", disse ele, reiterando que só não é possível mexer com a destinação dos royalties já decidida anteriormente. "Isso é inadmissível até porque desorganiza nosso planejamento e é incoerente com o pacto federativo".

Questionado se não temia ser derrotado no Congresso, pela pressão dos governadores dos demais 24 Estados que querem que a presidente sancione sem vetos o projeto dos royalties, o governador do Espírito Santo declarou: "se ela sancionar, já estamos prontos, vamos à Justiça, vamos ao STF". E, emendou: "eu acho que tem de ver quem está com a Constituição e quem está contra. Ver quem está com as leis, e quem está contra. Quem está com a razão, mesmo sendo minoria, se transforma em maioria pela racionalidade".

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