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Enel não dá prazo para reestabelecimento de energia e bairros do centro de SP seguem sem luz

Moradores da região da 25 de março e do bairro de Santa Cecília são os mais afetados pelo novo apagão

(Enel/Divulgação)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 22 de março de 2024 às 08h31.

Última atualização em 22 de março de 2024 às 08h36.

Bairros da região central da cidade de São Paulo seguem sem energia elétrica nesta sexta-feira, 22, após apagões consecutivos nas últimas 120 horas.

A Enel,empresa responsável pela distribuição na capital paulista, afirmou nesta manhã que trabalha para solucionar a falta de luz, mas não deu prazo para o restabelecimento total do serviço para todos os consumidores.

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De acordo com informações da empresa, cerca de 2% do clientes na região da 25 de março ainda estão sem energia e 60% dos consumidores no bairro de Santa Cecília estão no escuro. Outras partes da região central que estão sem energia, como a Rua Paim,voltaram a ter luz por meio de geradores.

Questionada sobre o número total de clientes afetados, a Enel não se pronunciou.

Nas redes sociais, moradores daRepública, Santa Cecília, Vila Buarque, Consolação, Higienópolis, Bela Vista e Centro Histórico reclamam de energia intermitente desde segunda-feira, 21.

A falta de energia começou na segunda-feira, quando uma falha na rede subterrânea deixou diversos bairros no escuro. Com parte do serviço reestabelecido em algumas regiões, uma nova queda ocorreu na quarta-feira.

Um terceiro apagão na tarde de quinta-feira afetou a 25 de março e Santa Cecília. Ruas e prédios icônicos da cidade, como a Avenida Ipiranga e o Copan, estão sem energia.

Por que o centro de SP enfrenta falta de energia elétrica?

Segundo a Enel, a interrupção do fornecimento de energia acontece por uma ocorrência na rede subterrânea feita pela Sabesp. Em nota, a empresa disse que uma obra da companhia de saneamento atingiu cabos da rede subterrânea da distribuidora, causando interrupção no fornecimento de energia em alguns bairros. Procurada pela EXAME, a Sabesp ainda não se pronunciou.

“A Enel lamenta os transtornos causados aos clientes que foram impactados nos últimos dias pelas ocorrências envolvendo a rede de distribuição subterrânea da companhia. Reitera que tem mobilizado todos os esforços e recursos para restaurar os parâmetros originais da rede afetada”, escreveu a companhia em nota.

A empresa afirmou ainda que a manutenção na rede subterrânea é bastante “complexo” e que isso vai demandar tempo.

“Cabe esclarecer que o trabalho na rede subterrânea é bastante complexo, envolve condições de temperatura e espaços confinados para acesso. Equipes da companhia seguem trabalhando nos reparos da rede para normalizar integralmente o serviço”, concluiu.

Pressão da prefeitura de SP

Em meio aos apagões consecutivos na cidade, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) entrou com uma representaçãocontra a Enel junto ao governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Tribunal de Contas da União (TCU). A administração municipal já havia ingressado com duas ações judiciais contra a empresa nesses dois órgãos.

Essa não é a primeira ofensiva do prefeito de São Paulo contra a Enel após falta de energia na cidade. Em dezembro de 2023, o município ficou por 168 horas sem energia depois que uma tempestade atingiu o município. Na época, o prefeito pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) o cancelamento do contrato de concessão da Enel. A empresa é responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista e em mais de 23 municípios da região metropolitana.

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