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Empresa terá de retirar avião do mar em Paraty

Por enquanto a operação de resgate da aeronave está parada e não há prazo para que ela seja retomada. A retirada efetiva pode demorar dias.

Acidente: segundo a Aeronáutica, condições de resgate são mais difíceis que o previsto (Reuters)

Acidente: segundo a Aeronáutica, condições de resgate são mais difíceis que o previsto (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2017 às 09h38.

Última atualização em 1 de julho de 2019 às 12h05.

Paraty - Uma empresa particular será responsável pela retirada dos destroços do avião que caiu no mar na quinta-feira passada a menos de dois quilômetros de Paraty, matando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica responsável pela principal investigação sobre as causas do acidente, informou que as condições para o resgate da aeronave são mais difíceis do que inicialmente previstas.

"Verificamos que a retirada do avião será complexa, porque ele está num local muito raso, onde a profundidade é de apenas três metros", disse o tenente-coronel aviador Edson Amorim Bezerra, responsável pela investigação sobre a queda do avião. "Nesses casos, é preciso contratar uma empresa especializada, e cabe ao dono arcar com o custo", afirmou.

Por enquanto a operação de resgate da aeronave está parada e não há prazo para que ela seja retomada. A retirada efetiva pode demorar dias. Enquanto isso, a Marinha vigia a área ao redor de onde o avião está e impede a navegação nesse trecho. Quando o avião for resgatado, será encaminhado para a Base Aérea do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo o tenente-coronel, o gravador que registra as conversas do piloto foi encaminhado para Brasília, onde seu conteúdo será analisado. Ele disse ainda não poder avaliar qual foi a causa mais provável da queda. "Estamos numa etapa preliminar, seria muito prematuro dizer qualquer coisa", declarou.

Família

Ontem, durante o velório do empresário Carlos Alberto Filgueiras, que também estava no avião, o filho dele, Carlos Gustavo Guerra Filgueiras refutou qualquer outra hipótese que não um acidente. "Não é momento de falar sobre isso agora. Mas já está claro, por tudo o que foi divulgado, o que aconteceu", disse.

Gustavo é CEO do grupo dos hotéis Emiliano. O avião estava registrado em nome da empresa. Segundo ele, o último contato com o pai foi na quarta-feira, um dia antes do acidente, por telefone. "Conversamos sobre trabalho." Ainda de acordo com ele, Filgueiras era uma inspiração para familiares e funcionários.

Empregados do hotel Emiliano também acompanharam o velório. O maître do hotel, Henrique Gomes, disse que trabalhou 11 anos com o empresário. "Eu comecei de baixo. Mas ele sempre me incentivou, assim como os outros funcionários. Está sendo difícil trabalhar, mas como o doutor Carlos sempre dizia: é pra sorrir na sala e chorar no quarto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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