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Em situação crítica, Campinas vai enviar à capital pacientes com covid-19

Governo do estado de SP vai apoiar a logística para que pacientes do interior sejam atendidos no hospital de campanha do Ibirapuera, que tem 268 leitos

Ibirapuera: o transporte dos pacientes será gerenciado pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), sempre em UTIs móveis (Miguel Schincariol/Getty Images)
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Clara Cerioni

Publicado em 8 de julho de 2020 às 14h09.

Última atualização em 8 de julho de 2020 às 15h25.

O hospital de campanha instalado pelo governo de São Paulo no Ibirapuera, na capital paulista, vai começar a receber pacientes diagnosticados com covid-19 da região de Campinas a partir desta quinta-feira, 9. A cidade do interior enfrenta problemas com a capacidade de atendimento, principalmente em leitos de UTI. A taxa de ocupação é de 80%.

O hospital de campanha do Ibirapuera tem um total de 268 leitos, sendo 240 de enfermaria e 28 de UTI. A taxa de ocupação atual é de 55%. O transporte dos pacientes será gerenciado pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), sempre em UTIs móveis.

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"O hospital de campanha está montado e vai atender preferencialmente pacientes de Campinas e de outras regiões fora da capital. Com a queda no número de casos na cidade de São Paulo, ele pode fazer este tipo de atendimento, além de sair mais barato para o governo do estado do que transferir toda a estrutura", disse o governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 8.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, foram adicionados 662 leitos de UTI ao Sistema Único de Saúde na região de Campinas desde o começo da pandemia, mas a quantidade ainda não é suficiente.

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde, Campinas é a terceira cidade com mais casos no estado, com 10.054 infectados e 384 mortes.São Paulo tem um total de 341.365 casos confirmados e 16.788 mortes por covid-19.

No meio de junho, a cidade de Campinas decidiu voltar a fechar o comércio e shoppings após o aumento no número de casos, mesmo sendo classificada em uma fase do Plano São Paulo em que poderia abrir estes setores. Poucas semanas depois, toda a região voltou para a fase 1, a mais restritiva.

"Estamos tratando dia a dia a evolução dessa doença, não dá para fazer previsão de quando nós poderemos dispensar o uso desse hospital de campanha, tendo em vista a disponibilidade para atender pacientes do interior", avaliou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência de combate à covid-19.

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