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Em São Paulo, aposentados pedem aumento de benefícios

O ato marcou o Dia Nacional dos Aposentados, que foi lembrado em diversas outras cidades

Previdência social: os aposentados reivindicam ainda o fim do fator previdenciário, que reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de serviço. (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 16h55.

São Paulo – Cerca de 800 aposentados participaram hoje (24), na Praça da Sé, região central da capital paulista, de manifestação em defesa de reajuste acima da inflação para os que recebem benefício superior a um salário mínimo e da extinção do fator previdenciário . O ato marcou o Dia Nacional dos Aposentados, que foi lembrado em diversas outras cidades.

Segundo o presidente estadual do Sindicato dos Aposentados, Hélio Herrera Garcia, embora seja justa, a política de reajuste maior apenas para quem ganha um salário mínimo pode ser prejudicial no longo prazo. “Só que dar [aumento] bem baixo para quem ganha acima [de um salário mínimo] significa que, em alguns anos, todo mundo vai ganhar um salário mínimo. Perdem não só os aposentados hoje, mas também aqueles que virão a se aposentar.”

Os aposentados reivindicam ainda o fim do fator previdenciário, que reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de serviço antes de chegar aos 60 anos, no caso das mulheres, e antes dos 65 anos, para os homens.

Para Garcia, a aplicação do coeficiente de expectativa de vida do fator, usado para calcular o valor a ser pago, pode gerar distorções. “O fator previdenciário leva muito em consideração, na hora de fazer o cálculo, a expectativa de vida. A expectativa da mulher é muito maior. Então, além de ela ter a tripla jornada em casa e ganhar menos no serviço, na hora de se aposentar, vai perder muito mais com o fator.”

Para o sindicato, uma alternativa ao fator previdenciário, que não é a ideal pelo sindicato, mas tem melhor aceitação, seria a Regra 85/95. Com ela, o trabalhador poderá se aposentar quando a soma da idade e do tempo de contribuição for 95 anos para homens e 85 anos para mulheres. “Seria uma medida que levaria em conta a idade e também o tempo de serviço. Então é importante discutir essa reivindicação”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves.


O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindinapi), João Batista Inocentini, defende a reposição do poder de compra na aposentadoria. Ele sugere a criação de um índice para medir, em nível nacional, o custo de vida real do idoso. “O quanto ele gasta com medicamentos, para se vestir, para se alimentar e com o plano de saúde.” Inocentini afirma que, para o idoso, custo de vida é muito mais alto que o dos mais jovens.

“O medicamento de uso contínuo sobe muito mais que a inflação, todo os anos e o plano de saúde, às vezes, sobe 500%, dependendo da idade que ele [idoso] atinge”, explica Inocentini. Ele defende ainda a criação da Secretaria do Idoso pelo governo federal. “Para discutir a saúde, a distribuição de medicamentos, a moradia, o transporte e fazer funcionar o Estatuto do Idoso. Pela sugestão do sindicalista, a secretaria seria vinculada ao Ministério da Previdência Social.

Segundo o Sindinapi, todas as reivindicações discutidas na manifestação de hoje serão levadas a Brasília no dia 6 de março, quando os aposentados farão nova manifestação.

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São Paulo – Cerca de 800 aposentados participaram hoje (24), na Praça da Sé, região central da capital paulista, de manifestação em defesa de reajuste acima da inflação para os que recebem benefício superior a um salário mínimo e da extinção do fator previdenciário . O ato marcou o Dia Nacional dos Aposentados, que foi lembrado em diversas outras cidades.

Segundo o presidente estadual do Sindicato dos Aposentados, Hélio Herrera Garcia, embora seja justa, a política de reajuste maior apenas para quem ganha um salário mínimo pode ser prejudicial no longo prazo. “Só que dar [aumento] bem baixo para quem ganha acima [de um salário mínimo] significa que, em alguns anos, todo mundo vai ganhar um salário mínimo. Perdem não só os aposentados hoje, mas também aqueles que virão a se aposentar.”

Os aposentados reivindicam ainda o fim do fator previdenciário, que reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de serviço antes de chegar aos 60 anos, no caso das mulheres, e antes dos 65 anos, para os homens.

Para Garcia, a aplicação do coeficiente de expectativa de vida do fator, usado para calcular o valor a ser pago, pode gerar distorções. “O fator previdenciário leva muito em consideração, na hora de fazer o cálculo, a expectativa de vida. A expectativa da mulher é muito maior. Então, além de ela ter a tripla jornada em casa e ganhar menos no serviço, na hora de se aposentar, vai perder muito mais com o fator.”

Para o sindicato, uma alternativa ao fator previdenciário, que não é a ideal pelo sindicato, mas tem melhor aceitação, seria a Regra 85/95. Com ela, o trabalhador poderá se aposentar quando a soma da idade e do tempo de contribuição for 95 anos para homens e 85 anos para mulheres. “Seria uma medida que levaria em conta a idade e também o tempo de serviço. Então é importante discutir essa reivindicação”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves.


O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindinapi), João Batista Inocentini, defende a reposição do poder de compra na aposentadoria. Ele sugere a criação de um índice para medir, em nível nacional, o custo de vida real do idoso. “O quanto ele gasta com medicamentos, para se vestir, para se alimentar e com o plano de saúde.” Inocentini afirma que, para o idoso, custo de vida é muito mais alto que o dos mais jovens.

“O medicamento de uso contínuo sobe muito mais que a inflação, todo os anos e o plano de saúde, às vezes, sobe 500%, dependendo da idade que ele [idoso] atinge”, explica Inocentini. Ele defende ainda a criação da Secretaria do Idoso pelo governo federal. “Para discutir a saúde, a distribuição de medicamentos, a moradia, o transporte e fazer funcionar o Estatuto do Idoso. Pela sugestão do sindicalista, a secretaria seria vinculada ao Ministério da Previdência Social.

Segundo o Sindinapi, todas as reivindicações discutidas na manifestação de hoje serão levadas a Brasília no dia 6 de março, quando os aposentados farão nova manifestação.

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