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Em reunião da FNP, Meirelles defende teto de gastos

Segundo ex-ministro da Fazenda, antes de rediscutir o pacto federativo, é preciso aumentar a arrecadação e, para isso, o país precisa crescer

Henrique Meirelles: "O MDB fez pesquisa com governadores, prefeitos, deputados, vereadores e todos disseram que preferem ter candidato próprio" (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2018 às 18h52.

Rio - Único dos presidenciáveis a se colocar claramente como participante do atual governo, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles , pré-candidato à Presidência pelo MDB , defendeu a reforma que impôs o teto de gastos públicos, que atinge direta e indiretamente os três níveis de governo. Segundo ele, antes de rediscutir o pacto federativo, é preciso aumentar a arrecadação e, para isso, o País precisa crescer.

O pré-candidato, que participou da 73ª reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), realizada em Niterói, na região metropolitana do Rio, disse acreditar que terá a indicação do MDB, embora o presidente Michel Temer também tenha "todas as condições" de ser candidato.

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"O MDB fez pesquisa com governadores, prefeitos, deputados, vereadores e todos disseram que preferem ter candidato próprio", disse, ao ser questionado sobre a possibilidade de aliança com o PSDB.

Na palestra, Meirelles declarou que a demanda por redistribuição de recursos e atribuições entre União, Estados e municípios já existe há décadas, mas acaba adiada pela situação econômica. "A primeira política tem que ser uma que garanta o crescimento econômico", disse.

Ele destacou sua participação nos governos Lula e, mais recentemente, de Michel Temer . Afirmou, porém, que a política que permitiu o crescimento econômico nos primeiros governos petistas foi "desorganizada" durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Quando assumimos, 14 milhões de brasileiros estavam desempregados, a economia estava em queda livre. A situação era dramática para toda a população", disse, frisando que o teto dos gastos foi aprovado nesse contexto.

"Primeira coisa que fizemos foi diagnosticar o problema. O aumento de gastos do governo federal era desproporcional às receitas e ainda havia a contabilidade criativa, que fazia com que vários gastos não estivessem contabilizados", disse.

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