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Em reação a adversários, Bolsonaro reforça discurso de segurança

Com os adversários no retrovisor, Bolsonaro deixou, por ora, assuntos voltados à classe média, como crescimento econômico, educação e tecnologia

. (./Bloomberg)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de março de 2018 às 10h52.

Brasília - Capitão da reserva do Exército e pré-candidato ao Planalto, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) tem reagido à incursão de adversários no tema da segurança pública. Entre as iniciativas, está a tentativa de ao menos três deles de se aproximar de setores militares. A estratégia adotada pelo deputado foi a de reforçar o discurso sobre tema.

Na primeira semana de março, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador Álvaro Dias (Podemos) buscaram se aproximar das Forças Armadas, das polícias e dos corpos de bombeiros.

Com os adversários no retrovisor, Bolsonaro deixou, por ora, assuntos voltados à classe média, como crescimento econômico, educação e tecnologia, que predominaram em seus pronunciamentos e entrevistas no mês passado. Na semana passada, ao oficializar sua filiação ao PSL, voltou ao falar do assunto e aproveitou para atacar os adversários, como Alckmin.

"A segurança dele (Alckmin) é a vaselina. Ele falou em criar um Ministério da Segurança Pública, como o do Michel Temer. Quando a Câmara não quer resolver um problema, cria uma comissão. E quando o governo não quer resolver, cria um ministério", disse, ao refutar comparações de seu plano de governo com o do tucano.

Os pré-candidatos miram em 1,4 milhão de famílias de agentes ativos e aposentados das Forças Armadas, das Polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar e Corpo de Bombeiros, que, segundo associações das classes, compõem o eleitorado militar.

Ciente da importância da área, Álvaro Dias pernoitou na segunda-feira passada, dia 5, na 6.ª Brigada de Infantaria Blindada, em Santa Maria (RS), onde discutiu demandas de oficiais e soldados. Na quinta e na sexta, diasteve encontros com representantes das polícias Federal e Militar. "São forças com credibilidade neste momento de operação limpeza", disse o senador ao Estado. "No campo da política eleitoral, eles são aval importante."

Já Alckmin tem enfatizado os resultados de seu governo na área de segurança. Em publicação em redes sociais na semana passada, o tucano destacou a redução de homicídios durante a sua gestão, além de operações da PM no Estado.

Por sua vez, Ciro tem discutido um plano de segurança pública que conta com o auxílio de militares da PM de São Paulo. A assessoria do pré-candidato afirmou que o plano está sendo discutido também com especialistas civis da área. Após a conclusão da proposta, o ex-governador fará um tour pelas associações militares.

"Time"

Bolsonaro, que costuma visitar unidades, minimiza a importância da tentativa de adversários de se aproximarem de setores militares. "Meu time está entrando em campo despreocupado com adversários", disse o deputado ao Estado.

Nos últimos anos, o pré-candidato visitou especialmente associações de oficiais das polícias militares. "Eu não vou negar que sou militar, que venho dessa área", ironizou. "Quando entro nessas unidades não é para fazer campanha. Vou porque sou convidado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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