Eike não está isento de novas acusações, diz MPF
Se houverem provas, Eike ainda pode ser denunciado por crime de organização criminosa no futuro, afirmou procurador
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 14h58.
Rio - A denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro contra Eike Batista não exime o empresário de novas denúncias, segundo o procurador José Augusto Vagos.
Eike, o ex-governador fluminense Sergio Cabral (PMDB) e mais seis pessoas foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo o procurador, não há elementos para denúncias por crime de organização criminosa, o que não significa que essa denúncia não poderá ser apresentada no futuro.
Vagos ressaltou ainda que as denúncias feitas contra Eike e Cabral não impedem que os dois fechem acordos de colaboração ou delação com o MPF.
Em coletiva de imprensa, o procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas informou ainda que todas as provas apreendidas nas últimas operações da Lava Jato no Rio continuam sendo analisadas pelo MPF e pela Polícia Federal.
Sobre a investigação de uma possível participação do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, no esquema de corrupção, os procuradores afirmaram que a informação será encaminhada à Procuradoria Geral da República (PGR), por conta do foro privilegiado de Pezão. Casos surjam novos indícios, as informações serão novamente encaminhadas às instâncias superiores.