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Eduardo Cunha se diz vítima de nova alopragem

Cunha contou que foi procurado por um suposto policial federal portando cópia de uma suposta gravação telefônica

Eduardo Cunha: segundo o peemedebista, um homem disse a ele que a cúpula da PF estaria orquestrando uma "montagem" para envolvê-lo em denúncias (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 13h31.

Brasília - Dizendo-se indignado, o candidato do PMDB à Presidência da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (RJ), convocou os jornalistas nesta terça-feira, 20, em Brasília, para denunciar o que chamou de mais uma tentativa de "alopragem" contra sua candidatura.

O peemedebista apresentou uma gravação na qual dois homens conversam e um deles reclama de ter sido "esquecido" por Cunha. O deputado informou ainda que entregou um requerimento ao Ministério da Justiça solicitando a abertura de inquérito policial para apurar a veracidade da gravação.

Cunha contou que foi procurado no sábado, dia 17, em seu escritório no Rio de Janeiro, por um suposto policial federal portando cópia de uma suposta gravação telefônica.

Segundo o peemedebista, esse homem disse que a cúpula da Polícia Federal estaria orquestrando uma "montagem" para envolvê-lo em denúncias, de forma a prejudicar sua campanha ao comando da Câmara.

No áudio divulgado pelo candidato, um dos homens reclama que Cunha está "se dando bem", pois será presidente da Câmara, mas que o Ministério Público está pressionando e que não segurará a denúncia, e que isso jogará "a merda no ventilador".

"Os amigos dele estão sendo esquecidos", ataca o interlocutor. No diálogo, o suposto "aliado" de Cunha diz que não será abandonado e que não ficará sem dinheiro.

Apesar de negar preocupação com os reflexos do episódio em sua candidatura, Cunha disse que chamou a imprensa para expor a situação à opinião pública. "Toda semana tem um tipo de constrangimento", protestou o deputado.

Ele afirmou que procurou o vice-presidente da República, Michel Temer, que por sua vez recomendou notificação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. De férias em Madri, Cardozo pediu que o requerimento fosse protocolado no Ministério da Justiça.

O candidato disse não reconhecer as vozes que aparecem na gravação e não soube dizer se uma delas seria do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca".

O policial teria mencionado Cunha como um dos beneficiários do esquema do doleiro Alberto Youssef. Quando o caso foi revelado, Cunha se disse vítima de "alopragem" de interessados em prejudicar sua candidatura.

O peemedebista afirmou que buscará o esclarecimento "cabal" e voltou a criticar a interferência do Palácio do Planalto na eleição do Legislativo.

De acordo com ele, deputados relataram nos últimos dias que foram procurados pelo governo com a promessa de que seriam contemplados com cargos no segundo escalão caso abandonassem sua candidatura.

Embora o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, tenha dito nesta manhã que uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras é "instrumento da oposição" e que o apoio de Cunha à instalação da comissão "não contribui com uma boa relação" com o Executivo, o candidato peemedebista à presidência da Câmara voltou a repetir que seu partido apoiará a criação da comissão. "O PMDB continuará assinando os requerimentos", avisou.

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Brasília - Dizendo-se indignado, o candidato do PMDB à Presidência da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (RJ), convocou os jornalistas nesta terça-feira, 20, em Brasília, para denunciar o que chamou de mais uma tentativa de "alopragem" contra sua candidatura.

O peemedebista apresentou uma gravação na qual dois homens conversam e um deles reclama de ter sido "esquecido" por Cunha. O deputado informou ainda que entregou um requerimento ao Ministério da Justiça solicitando a abertura de inquérito policial para apurar a veracidade da gravação.

Cunha contou que foi procurado no sábado, dia 17, em seu escritório no Rio de Janeiro, por um suposto policial federal portando cópia de uma suposta gravação telefônica.

Segundo o peemedebista, esse homem disse que a cúpula da Polícia Federal estaria orquestrando uma "montagem" para envolvê-lo em denúncias, de forma a prejudicar sua campanha ao comando da Câmara.

No áudio divulgado pelo candidato, um dos homens reclama que Cunha está "se dando bem", pois será presidente da Câmara, mas que o Ministério Público está pressionando e que não segurará a denúncia, e que isso jogará "a merda no ventilador".

"Os amigos dele estão sendo esquecidos", ataca o interlocutor. No diálogo, o suposto "aliado" de Cunha diz que não será abandonado e que não ficará sem dinheiro.

Apesar de negar preocupação com os reflexos do episódio em sua candidatura, Cunha disse que chamou a imprensa para expor a situação à opinião pública. "Toda semana tem um tipo de constrangimento", protestou o deputado.

Ele afirmou que procurou o vice-presidente da República, Michel Temer, que por sua vez recomendou notificação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. De férias em Madri, Cardozo pediu que o requerimento fosse protocolado no Ministério da Justiça.

O candidato disse não reconhecer as vozes que aparecem na gravação e não soube dizer se uma delas seria do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca".

O policial teria mencionado Cunha como um dos beneficiários do esquema do doleiro Alberto Youssef. Quando o caso foi revelado, Cunha se disse vítima de "alopragem" de interessados em prejudicar sua candidatura.

O peemedebista afirmou que buscará o esclarecimento "cabal" e voltou a criticar a interferência do Palácio do Planalto na eleição do Legislativo.

De acordo com ele, deputados relataram nos últimos dias que foram procurados pelo governo com a promessa de que seriam contemplados com cargos no segundo escalão caso abandonassem sua candidatura.

Embora o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, tenha dito nesta manhã que uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras é "instrumento da oposição" e que o apoio de Cunha à instalação da comissão "não contribui com uma boa relação" com o Executivo, o candidato peemedebista à presidência da Câmara voltou a repetir que seu partido apoiará a criação da comissão. "O PMDB continuará assinando os requerimentos", avisou.

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