É uma decisão do Senado, diz Maia sobre afastamento de Renan
Maia se reuniu por mais de duas horas com líderes partidários sobre a crise institucional provocada pela decisão do ministro do STF
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 20h13.
Brasília, 06 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desconversou nesta terça-feira, 6, sobre a decisão da Mesa Diretora do Senado em não acatar o afastamento do peemedebista Renan Calheiros (AL) da presidência da Casa, decisão proferida pelo ministro Marco Aurélio Mello. "Essa é uma decisão do Senado, não da Câmara", limitou-se a dizer.
Maia se reuniu por mais de duas horas com líderes partidários sobre a crise institucional provocada pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal.
Na saída, o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), disse que durante a reunião os deputados trataram do tema com "parcimônia" e defenderam que se encontre uma solução para o embate entre Legislativo e Judiciário.
Segundo Ribeiro, os deputados decidiram transferir a Maia a responsabilidade de se manifestar institucionalmente sobre a questão e defender o Parlamento.
"Tem de ter a defesa do Parlamento, lógico", declarou. Para Ribeiro, assim como foi inconstitucional o afastamento de forma liminar, também foi incorreta a posição da Mesa Diretora do Senado em não cumprir uma decisão judicial. "Esse momento precisa de alguém de bom senso", pregou.
O líder do PP disse que o momento é de serenidade para a crise "não se tornar aguda" e que foi sugerido a Maia que ele discuta com o Senado uma solução para a situação.
"O País afastou três presidentes em um ano. Não é uma coisa simples. Não vamos minimizar o que é gravíssimo", comentou.