Dragagem em Santos deve ficar pronta até junho, diz BTP
Presidente da Brasil Terminal Portuário disse que tem a expectativa de que a obra emergencial de dragagem no trecho 4 do Porto de Santos fique pronta até lá
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2014 às 18h39.
São Paulo - O presidente da Brasil Terminal Portuário (BTP), Henry Robinson, disse que tem a expectativa de que a obra emergencial de dragagem no trecho 4 do Porto de Santos , onde o empreendimento está localizado, fique pronta até junho.
Este é o trecho mais prejudicado até o momento, com um calado operacional de 11,2 metros, enquanto os demais trechos (1, 2 e 3) apresentam calado operacional de 12,7 metros, diferença que leva a uma distorção da concorrência no porto.
O tamanho do calado - diferença entre a linha d'água e a quilha do navio - no trecho 4 do Porto de Santos atrapalha as operações da BTP e impede que o terminal opere na sua capacidade plena, pois fica impossibilitada de receber navios com maior volume de carga.
Por isso a empresa e o terminal concorrente EcoPorto, que também se encontra no trecho 4, resolveram bancar por conta própria a dragagem que é de responsabilidade do poder público, mas que não conseguiria resolver o problema em um prazo considerado aceitável.
Segundo Robinson, as duas empresas juntas já gastaram R$ 6 milhões na dragagem do canal do porto.
"É prioridade total completar essa obra para atingir uma isonomia competitiva com os demais terminais no porto", disse o executivo, após participar de painel no 9º Encontro de Logística e Transportes, na capital paulista.
Robinson explicou que os trabalhos encontram dificuldades por conta do material rochoso encontrado no solo do canal.
"Se não tivermos mais empecilhos até o início de junho a dragagem termina", disse.
A dragagem foi alvo de crítica de Robinson durante sua apresentação no evento.
O governo havia realizado uma licitação para aumentar a profundidade no canal do Porto de Santos para 15 metros. O contrato, no entanto, venceu no final do ano passado sem que essa medida fosse atingida.
De acordo com Robinson, quando o governo fez o anúncio de que a profundidade seria aumentada para 15 metros, ele provocou uma mudança nos planos das companhias que realizam a logística portuária do país.
As empresas armadoras e os terminais portuários investiram e se prepararam para operar navios maiores, o que proporciona ganhos de escala para as companhias. "Afetou a logística mundial, mas o governo não cumpriu o programado", disse.
Para a segunda etapa do Plano Nacional de Dragagem (PND2), o presidente da BTP exige que seja feito um bom projeto e execução dos trabalhos de forma mais eficiente para que a distorção entre as áreas do porto não aconteça novamente no futuro.
Ontem a Secretaria de Portos (SEP) divulgou o edital para a realização da dragagem no canal do Porto de Santos, cujas propostas de interessados serão entregues no dia 11 de junho.
"Vamos acompanhar essa licitação e queremos ter certeza de que houve aprendizado por parte do poder público em relação ao último contrato de dragagem", afirmou.
São Paulo - O presidente da Brasil Terminal Portuário (BTP), Henry Robinson, disse que tem a expectativa de que a obra emergencial de dragagem no trecho 4 do Porto de Santos , onde o empreendimento está localizado, fique pronta até junho.
Este é o trecho mais prejudicado até o momento, com um calado operacional de 11,2 metros, enquanto os demais trechos (1, 2 e 3) apresentam calado operacional de 12,7 metros, diferença que leva a uma distorção da concorrência no porto.
O tamanho do calado - diferença entre a linha d'água e a quilha do navio - no trecho 4 do Porto de Santos atrapalha as operações da BTP e impede que o terminal opere na sua capacidade plena, pois fica impossibilitada de receber navios com maior volume de carga.
Por isso a empresa e o terminal concorrente EcoPorto, que também se encontra no trecho 4, resolveram bancar por conta própria a dragagem que é de responsabilidade do poder público, mas que não conseguiria resolver o problema em um prazo considerado aceitável.
Segundo Robinson, as duas empresas juntas já gastaram R$ 6 milhões na dragagem do canal do porto.
"É prioridade total completar essa obra para atingir uma isonomia competitiva com os demais terminais no porto", disse o executivo, após participar de painel no 9º Encontro de Logística e Transportes, na capital paulista.
Robinson explicou que os trabalhos encontram dificuldades por conta do material rochoso encontrado no solo do canal.
"Se não tivermos mais empecilhos até o início de junho a dragagem termina", disse.
A dragagem foi alvo de crítica de Robinson durante sua apresentação no evento.
O governo havia realizado uma licitação para aumentar a profundidade no canal do Porto de Santos para 15 metros. O contrato, no entanto, venceu no final do ano passado sem que essa medida fosse atingida.
De acordo com Robinson, quando o governo fez o anúncio de que a profundidade seria aumentada para 15 metros, ele provocou uma mudança nos planos das companhias que realizam a logística portuária do país.
As empresas armadoras e os terminais portuários investiram e se prepararam para operar navios maiores, o que proporciona ganhos de escala para as companhias. "Afetou a logística mundial, mas o governo não cumpriu o programado", disse.
Para a segunda etapa do Plano Nacional de Dragagem (PND2), o presidente da BTP exige que seja feito um bom projeto e execução dos trabalhos de forma mais eficiente para que a distorção entre as áreas do porto não aconteça novamente no futuro.
Ontem a Secretaria de Portos (SEP) divulgou o edital para a realização da dragagem no canal do Porto de Santos, cujas propostas de interessados serão entregues no dia 11 de junho.
"Vamos acompanhar essa licitação e queremos ter certeza de que houve aprendizado por parte do poder público em relação ao último contrato de dragagem", afirmou.