Brasil

Doria diz que vai sancionar lei contra pichação na segunda

O texto do projeto foi aprovado nesta terça-feira, 14, na Câmara Municipal de São Paulo

João Doria: projeto foi suavizado para incluir a possibilidade de trocar a multa por serviços comunitários (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

João Doria: projeto foi suavizado para incluir a possibilidade de trocar a multa por serviços comunitários (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 14h29.

Dubai - Em viagem ao Oriente Médio, onde busca investidores interessados em seu pacote de desestatização do Município com 55 itens, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes, em Doha, no Qatar, nesta quarta-feira, 15, que vai sancionar na segunda-feira, 20, a lei que cria o Programa de Combate a Pichações na cidade. O texto do projeto foi aprovado nesta terça-feira, 14, na Câmara Municipal.

A proposta recebeu 51 votos a favor. Doria ressaltou à reportagem da rádio a expressiva votação de sua base aliada. E até a bancada do PT apoiou o projeto - apenas o PSOL votou contra.

O texto aprovado, porém, flexibiliza a punição anunciada pelo prefeito ao permitir que o pichador fique isento do pagamento de multa de R$ 5 mil caso assine um "Termo de Compromisso de Reparação da Paisagem Urbana" no qual se compromete a reparar o bem pichado, ou prestar serviço de zeladoria urbana equivalente ou ainda aderir a um programa educativo destinado ao desenvolvimento da prática de grafite.

Na semana passada, a base de Doria na Câmara já havia anunciado a multa de R$ 5 mil para quem for flagrado pichando patrimônio público ou privado na capital e de R$ 10 mil se o alvo for um monumento ou um bem tombado na cidade. Em caso de reincidência, a multa é aplicada em dobro.

A novidade do texto aprovado nesta terça-feira é a previsão de multa de R$ 5 mil para quem vender spray para menores de 18 anos ou não apresentar a relação de notas fiscais das vendas do produto com a identificação do comprador, como já exige a legislação federal.

Em caso de reincidência, o estabelecimento comercial pode ser fechado pela Prefeitura. Os valores arrecadados com as multas irão para o Fundo de Proteção ao Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano.

Grafites

O prefeito disse ainda à Rádio Bandeirantes que vai recorrer da liminar concedida na última segunda-feira, 13, que proíbe a gestão de apagar grafites na capital sem autorização prévia do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp).

O juiz Adriano Marcos Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, acolheu pedido feito em ação popular movida pelo munícipe Allen Ferraudo e outros participantes depois que a gestão Doria pintou de cinza uma série de grafites na Avenida 23 de Maio, na zona sul, no mês passado. A multa para o descumprimento da decisão é de R$ 500 mil por dia.

*A repórter viajou a convite do governo dos Emirados Árabes Unidos e da Emirates Airlines

Acompanhe tudo sobre:GrafiteJoão Doria Júnior

Mais de Brasil

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’