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Doria diz que álcool em gel será vendido a preço de custo em supermercados

São Paulo, administrado pelo tucano, é o estado com o maior número de casos confirmados de coronavírus

João Doria: governador disse que o Estado está "em guerra contra o vírus", em referência ao novo coronavírus (Rovena Rosa/Agência Brasil)

João Doria: governador disse que o Estado está "em guerra contra o vírus", em referência ao novo coronavírus (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2020 às 13h46.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira, 20, que fechou acordo com associações de supermercados e farmácias para que redes destes estabelecimentos façam a venda de frascos de álcool em gel pelo preço de custo. De acordo com Doria, a medida passará a valer a partir de segunda-feira, 23.

"Estamos reduzindo os custos e garantindo condições de acessibilidade", comentou o tucano. Junto com a medida virá a restrição de venda: são no máximo dois frascos por consumidor.

"Não há necessidade de corrida a supermercados e farmácias, estamos seguros de que não haverá desabastecimento. Comprem aquilo que é necessário dentro do seu padrão e dentro do seu bom senso", alertou Doria. Segundo o governador, o Estado está reforçando a segurança nas ruas e nas proximidades a supermercados e farmácias.

Bolsonaro

No início da coletiva, o governador fez críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que tem protagonizado uma discussão nas redes sociais com a Embaixada da China no Brasil. "Gostaria de deixar aqui um gesto de solidariedade à China e ao povo chinês. O país se mobilizou para proteger seu povo e somos absolutamente solidários. Não é justo que ninguém, quem quer que seja, possa fazer qualquer tipo de acusação contra a China ou contra o povo chinês", disse Doria.

O governador disse que o Estado está "em guerra contra o vírus", em referência ao novo coronavírus, causador da covid-19, e que o enfrentamento à doença deve ser feito com união. "Não há como fazer isso usando de mecanismos ideológicos, sectários, separados", declarou.

Doria afirmou, ainda, que tem desempenhado um papel que caberia ao chefe do Executivo nacional. "Estamos fazendo o que deveria ser feito pelo líder do País, o que o presidente Jair Bolsonaro, lamentavelmente, não faz, e quando faz, faz errado", disse.

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