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Doleiro declara à Receita ter apartamento de R$ 42,5 mil

Em duas declarações de imposto de renda - pessoa física -, que estão em posse da Justiça Federal, Alberto Yousseff se revelou um cidadão de poucas posses

Dinheiro: no fim de outubro, Youssef concordou devolver fortuna de R$ 55 milhões aos cofres públicos (Marcos Santos/usp imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 15h35.

São Paulo - Um dos milionários presos na Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef era, aos olhos da Receita Federal , um modesto empresário.

No fim de outubro deste ano, Youssef concordou, como parte da delação premiada que fez, devolver uma fortuna de R$ 55 milhões aos cofres públicos, valor que representa apenas uma parte do total por ele movimentado no grande esquema de corrupção na Petrobras.

Em duas declarações de imposto de renda - pessoa física -, que estão em posse da Justiça Federal, ele se revelou um cidadão de poucas posses.

Informou rendimentos anuais de R$ 507.196,00, em 2010, e R$ 818.781,22, em 2012. Nessa ocasião, ele já era alvo da Lava Jato e ostentava poder, influência e padrão de vida sofisticado.

Formalmente, porém, perante a Receita, a evolução patrimonial de bens e direitos do doleiro em quatro anos foi nula.

Em 31 de dezembro de 2009, 2010, 2011 e 2012, Youssef afirmou possuir o mesmo valor em bens: R$ 381.226,45.

O doleiro declarou ao Fisco um apartamento financiado pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 42.500, terreno, quotas de capital de empresa e um jazigo no Cemitério Parque das Oliveiras, em Londrina, interior do Paraná, no valor de R$ 1.900.

O doleiro afirmou ainda ter contribuído com a Previdência Social. Há dois anos, ele declarou ter pago R$ 9.078,36 e há quatro, R$ 2.406,96.

Em 2010 e 2012, o aumento de cerca de R$ 300 mil nos rendimentos, perante o Fisco, foram acompanhados de uma ‘melhora de vida’. Youssef mudou de apartamento e de região, em São Paulo.

Ele saiu da Vila Mariana para um prédio mais luxuoso na Vila Conceição, ambas na zona sul da capital paulista.

Quando foi preso, em março de 2014, o doleiro mantinha um escritório no segundo andar de um prédio comercial no Itaim Bibi, região nobre na zona oeste da cidade. Para a Polícia Federal, o local era a base operacional da organização criminosa que Youssef comandava.

O doleiro é alvo central da Lava Jato, investigação da Polícia Federal sobre esquema de lavagem de cerca de R$ 10 bilhões e corrupção envolvendo contratos da Petrobras.

Ele é réu em seis ações penais da Operação. Nas duas declarações em posse da Justiça, Youssef não informou doações a partidos políticos, comitês financeiros e candidatos.

Os impostos foram entregues à Receita, em meio à investigação da Lava Jato, que começou em 2008.

Em março deste ano, foram apreendidos no escritório do doleiro, durante operação da PF, cerca de R$ 1,4 milhão, US$ 20 mil e uma nota de R$ 100, aparentemente falsa, dentro de um cofre. Havia ainda R$ 500 mil dentro de uma maleta em um cofre, 25 celulares, e 10 chips lacrados e 4 abertos para os aparelhos.

"O que indica a intensa preocupação da organização criminosa investigada a fim de evitar que seus diálogos fossem monitorados", afirma o inquérito da Polícia.

Quando foi preso, em 17 de março, em São Luís, no Maranhão, o doleiro tinha em mãos 7 celulares e ‘grande quantidade de moeda’, segundo a Polícia Federal.

Para a Receita, Youssef havia informado ser dirigente, presidente e diretor de empresa industrial, comercial ou prestadora de serviço. Um empresário que declarou ao Fisco, em 2009, ter feito empréstimo com a então mulher no valor de R$ 25 mil.

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No fim de outubro deste ano, Youssef concordou, como parte da delação premiada que fez, devolver uma fortuna de R$ 55 milhões aos cofres públicos, valor que representa apenas uma parte do total por ele movimentado no grande esquema de corrupção na Petrobras.

Em duas declarações de imposto de renda - pessoa física -, que estão em posse da Justiça Federal, ele se revelou um cidadão de poucas posses.

Informou rendimentos anuais de R$ 507.196,00, em 2010, e R$ 818.781,22, em 2012. Nessa ocasião, ele já era alvo da Lava Jato e ostentava poder, influência e padrão de vida sofisticado.

Formalmente, porém, perante a Receita, a evolução patrimonial de bens e direitos do doleiro em quatro anos foi nula.

Em 31 de dezembro de 2009, 2010, 2011 e 2012, Youssef afirmou possuir o mesmo valor em bens: R$ 381.226,45.

O doleiro declarou ao Fisco um apartamento financiado pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 42.500, terreno, quotas de capital de empresa e um jazigo no Cemitério Parque das Oliveiras, em Londrina, interior do Paraná, no valor de R$ 1.900.

O doleiro afirmou ainda ter contribuído com a Previdência Social. Há dois anos, ele declarou ter pago R$ 9.078,36 e há quatro, R$ 2.406,96.

Em 2010 e 2012, o aumento de cerca de R$ 300 mil nos rendimentos, perante o Fisco, foram acompanhados de uma ‘melhora de vida’. Youssef mudou de apartamento e de região, em São Paulo.

Ele saiu da Vila Mariana para um prédio mais luxuoso na Vila Conceição, ambas na zona sul da capital paulista.

Quando foi preso, em março de 2014, o doleiro mantinha um escritório no segundo andar de um prédio comercial no Itaim Bibi, região nobre na zona oeste da cidade. Para a Polícia Federal, o local era a base operacional da organização criminosa que Youssef comandava.

O doleiro é alvo central da Lava Jato, investigação da Polícia Federal sobre esquema de lavagem de cerca de R$ 10 bilhões e corrupção envolvendo contratos da Petrobras.

Ele é réu em seis ações penais da Operação. Nas duas declarações em posse da Justiça, Youssef não informou doações a partidos políticos, comitês financeiros e candidatos.

Os impostos foram entregues à Receita, em meio à investigação da Lava Jato, que começou em 2008.

Em março deste ano, foram apreendidos no escritório do doleiro, durante operação da PF, cerca de R$ 1,4 milhão, US$ 20 mil e uma nota de R$ 100, aparentemente falsa, dentro de um cofre. Havia ainda R$ 500 mil dentro de uma maleta em um cofre, 25 celulares, e 10 chips lacrados e 4 abertos para os aparelhos.

"O que indica a intensa preocupação da organização criminosa investigada a fim de evitar que seus diálogos fossem monitorados", afirma o inquérito da Polícia.

Quando foi preso, em 17 de março, em São Luís, no Maranhão, o doleiro tinha em mãos 7 celulares e ‘grande quantidade de moeda’, segundo a Polícia Federal.

Para a Receita, Youssef havia informado ser dirigente, presidente e diretor de empresa industrial, comercial ou prestadora de serviço. Um empresário que declarou ao Fisco, em 2009, ter feito empréstimo com a então mulher no valor de R$ 25 mil.

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