Violência e doenças crônicas são principais causas de morte no país
Pesquisa do IBGE destaca melhora na cobertura da causa da morte na população
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 17h17.
Brasília - Pesquisa divulgada hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o padrão de mortes provocadas por causas infecciosas e transmissíveis no Brasil está sendo progressivamente substituído por óbitos decorrentes de doenças crônicas, degenerativas e também por causas externas ligadas a acidentes e à violência.</p>
Dados indicam que doenças do aparelho circulatório constituem o principal grupo de causas de morte no Brasil. Entre os homens, o segundo lugar fica com acidentes e violência e, entre as mulheres, com as neoplasias (alterações celulares que podem provocar câncer).
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, uma melhora na cobertura e na definição das causas de morte permitiu a investigação de alguns padrões de mortalidade no Brasil. Houve uma redução considerável das chamadas causas mal definidas de óbito, por exemplo, nas regiões Norte e Nordeste.
Segundo o IBGE, transformações no perfil demográfico brasileiro foram intensificadas a partir da segunda metade da década de 70, marcadas pela significativa queda na fecundidade. Foram registradas também migrações, urbanizações, transformações sociais e econômicas e reorganização na composição e no tamanho da família.
Um dos resultados, de acordo com o estudo, é o progressivo envelhecimento da população, com impactos e novas demandas no sistema público de saúde. Uma avaliação das proporções de óbitos por grupos de idade registrados entre 1999 e 2008 destaca a redução da mortalidade nos primeiros anos de vida mas a elevação de óbitos de pessoas com 60 anos ou mais.
"O novo quadro epidemiológico decorrente da transição da estrutura etária brasileira requer adequação da infraestrutura de saúde para atender à crescente população idosa, de modo que profissionais relacionados às principais causas de enfermidades na população de 60 anos ou mais de idade sejam mais frequentes", destaca o documento do IBGE.
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