Dirceu denunciado; Fiança de Eike…
Nova denúncia contra Dirceu O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi denunciado, nesta terça-feira, pela terceira vez pela força-tarefa da Operação Lava-Jato, agora por 33 crimes de lavagem de dinheiro para permitir o recebimento de subornos. Dirceu é acusado de ter recebido 2,4 milhões de reais em propinas da Engevix e da UTC, entre […]
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2017 às 18h15.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h20.
Nova denúncia contra Dirceu
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi denunciado, nesta terça-feira, pela terceira vez pela força-tarefa da Operação Lava-Jato, agora por 33 crimes de lavagem de dinheiro para permitir o recebimento de subornos. Dirceu é acusado de ter recebido 2,4 milhões de reais em propinas da Engevix e da UTC, entre abril de 2011 e outubro de 2014, por influência em obras da Petrobras. Na mesma denúncia está presente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Em outros processos, o ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 32 anos de prisão em primeira instância. Também nesta segunda-feira o Supremo Tribunal Federal deve decidir se concederá habeas corpus a Dirceu, preso preventivamente desde agosto de 2015, nesses processos. O pedido é julgado pela Segunda Turma da Corte. A nova denúncia, segundo o ministro Gilmar Mendes, não “constrange” o Supremo.
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Retaliação de Temer
O presidente Michel Temer iniciou as punições a parlamentares da base aliada que traíram o governo na votação da reforma trabalhista. Indicados dos deputados federais Deley (PTB-RJ), Ronaldo Fonseca (Pros-DF) e Expedito Neto (PSD-RO) foram afastados dos cargos que ocupavam no serviço público depois de os parlamentares votarem contra o texto. Os três foram exonerados na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. Outros cargos de menor escalão foram modificados em procedimentos internos. Foram cerca de 30 demissões. A perda de cargos serve de aviso aos deputados da base antes da votação da reforma da Previdência, cujo relatório será apreciado em comissão especial nesta semana.
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Aécio interrogado
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi interrogado nesta terça-feira pela Polícia Federal em Brasília em inquérito que apura irregularidades em Furnas, estatal do setor elétrico. Trata-se do mesmo interrogatório suspenso na semana passada pelo ministro Gilmar Mendes, que atendeu a pedido da defesa que pedia acesso aos depoimentos de acusação. Suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo em um esquema de desvio de recursos na empresa, Aécio foi ouvido durante 1 hora e “refutou” todas as acusações, segundo seu advogado Alberto Zacharias Toron.
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A fiança de Eike
O empresário Eike Batista deverá pagar uma fiança de 52 milhões de reais se quiser permanecer em prisão domiciliar. Se a dívida não for quitada em cinco dias, segundo decisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7a Vara Criminal do Rio, Eike voltará para a cadeia em Bangu 9. O outrora bilionário está preso preventivamente desde janeiro em decorrência de um mandado da Operação Eficiência, desdobramento da Calicute, que investiga o esquema de corrupção comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). Ele foi agraciado com prisão domiciliar no último domingo. A defesa diz que Eike não tem como pagar fiança e vai recorrer da decisão.
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Caos no Rio
Em uma ação coordenada de criminosos do Rio de Janeiro, oito ônibus e dois caminhões foram incendiados em vias de acesso à capital fluminense nesta terça-feira. A Polícia Militar informou que criminosos teriam ateado fogo aos veículos em represália a um intenso confronto entre facções criminosas rivais na Cidade Alta, em Cordovil. As ações geraram batidas policiais também nas favelas de Parque das Missões, Nova Holanda e Kelson’s, em Olaria. Quase 40 pessoas foram presas e 32 fuzis apreendidos, segundo as autoridades.