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Dilma propõe pactos e plebiscito para reforma política

A presidente afirmou nesta segunda-feira que deseja propor um debate sobre convocação de plebiscito popular para fazer a reforma política via Constituinte

Dilma disse ainda que o governo deve priorizar o combate à corrupção de forma mais contundente do que vem sendo feito (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 22h00.

Brasília -A presidente Dilma Rousseff propôs nesta segunda-feira um debate sobre a convocação de um plebiscito para fazer uma reforma política "ampla e profunda" via Constituinte e conclamou os governos estaduais e municipais para um pacto pela estabilidade fiscal, em resposta aos protestos que tomaram as ruas do país nas últimas semanas.

Em pronunciamento antes de reunião com governadores e prefeitos, a presidente pediu, ainda, pactos nacionais em prol do combate à corrupção e melhoria dos serviços públicos de transportes, saúde e educação.

"Quero nesse momento propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita", disse.

As manifestações populares começaram em São Paulo em 6 de junho, lideradas pelo Movimento Passe Livre (MPL) pedindo a revogação do aumento da tarifa do transporte público.

Os protestos se disseminaram por todo o país e passaram a incluir uma série de reivindicações, do combate à corrupção até o repúdio pelos gastos do governo nos preparativos para a Copa do Mundo, tendo seu ápice na quinta-feira passada, quando mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas em dezenas de cidades.

"Meu governo está ouvindo as vozes democráticas que saem e emergem das ruas e que pedem mudanças. É preciso saber escutar a voz das ruas. É preciso que todos, todos mesmo, sem exceção, entendam esses sinais com humildade", disse Dilma aos governadores e prefeitos.

Sobre o combate à corrupção, uma das principais demandas vistas nas manifestações, Dilma defendeu que uma nova legislação classifique a corrupção dolosa como crime hediondo.

Transportes, saúde e educação

A presidente afirmou que o Brasil precisa dar um "salto de qualidade" no transporte público nas grandes cidades, avançando mais rápido em qualidade e tornando-o mais acessível.


Ela disse que o governo federal está disposto a desonerar o PIS/Cofins para o diesel para ônibus e energia elétrica consumida por metrôs e trens. Dilma anunciou, ainda, a criação do Conselho Nacional de Transportes Públicos, que terá participação da sociedade civil e usuários.

Na área de saúde, a presidente reforçou a necessidade de contratação de médicos estrangeiros para trabalhar em cidades mais remotas e em locais mais pobres.

"Quero propor aos senhores e senhoras acelerar os investimentos já contratados em hospitais, UPAs (unidades de pronto-atendimento) e unidades básicas de saúde", afirmou.

Na educação, ela voltou a afirmar a necessidade de se elevar o investimento, dizendo confiar que o Congresso aprovará a destinação de recursos do petróleo para investimentos no ensino.sendo feito.

Atualizada às 18h06

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Brasília -A presidente Dilma Rousseff propôs nesta segunda-feira um debate sobre a convocação de um plebiscito para fazer uma reforma política "ampla e profunda" via Constituinte e conclamou os governos estaduais e municipais para um pacto pela estabilidade fiscal, em resposta aos protestos que tomaram as ruas do país nas últimas semanas.

Em pronunciamento antes de reunião com governadores e prefeitos, a presidente pediu, ainda, pactos nacionais em prol do combate à corrupção e melhoria dos serviços públicos de transportes, saúde e educação.

"Quero nesse momento propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita", disse.

As manifestações populares começaram em São Paulo em 6 de junho, lideradas pelo Movimento Passe Livre (MPL) pedindo a revogação do aumento da tarifa do transporte público.

Os protestos se disseminaram por todo o país e passaram a incluir uma série de reivindicações, do combate à corrupção até o repúdio pelos gastos do governo nos preparativos para a Copa do Mundo, tendo seu ápice na quinta-feira passada, quando mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas em dezenas de cidades.

"Meu governo está ouvindo as vozes democráticas que saem e emergem das ruas e que pedem mudanças. É preciso saber escutar a voz das ruas. É preciso que todos, todos mesmo, sem exceção, entendam esses sinais com humildade", disse Dilma aos governadores e prefeitos.

Sobre o combate à corrupção, uma das principais demandas vistas nas manifestações, Dilma defendeu que uma nova legislação classifique a corrupção dolosa como crime hediondo.

Transportes, saúde e educação

A presidente afirmou que o Brasil precisa dar um "salto de qualidade" no transporte público nas grandes cidades, avançando mais rápido em qualidade e tornando-o mais acessível.


Ela disse que o governo federal está disposto a desonerar o PIS/Cofins para o diesel para ônibus e energia elétrica consumida por metrôs e trens. Dilma anunciou, ainda, a criação do Conselho Nacional de Transportes Públicos, que terá participação da sociedade civil e usuários.

Na área de saúde, a presidente reforçou a necessidade de contratação de médicos estrangeiros para trabalhar em cidades mais remotas e em locais mais pobres.

"Quero propor aos senhores e senhoras acelerar os investimentos já contratados em hospitais, UPAs (unidades de pronto-atendimento) e unidades básicas de saúde", afirmou.

Na educação, ela voltou a afirmar a necessidade de se elevar o investimento, dizendo confiar que o Congresso aprovará a destinação de recursos do petróleo para investimentos no ensino.sendo feito.

Atualizada às 18h06

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