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Dilma promete fazer dever no combate à inflação

Presidente afirmou que apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas as contas do governo

Dilma Rousseff: presidente sinalizou que não mexerá nem no centro nem no intervalo da meta de inflação (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 17h35.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta quinta-feira que vai fazer o "dever de casa" e apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas as contas do governo.

O posicionamento de Dilma, que vem dando sinais para acalmar a desconfiança do mercado, ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Ela sinalizou ainda que não mexerá nem no centro nem no intervalo da meta de inflação, cujo teto definido pelo Banco Central é de 6,5%. Dilma afirmou ainda que não está fazendo o "arrocho" que a oposição havia anunciado.

Durante a campanha eleitoral, o PT buscou associar seu opositor, Aécio Neves (PSDB), às políticas econômicas impopulares que levariam, por exemplo, ao aumento do desemprego.

Nesta quinta, contudo, ela disse que não está fazendo "estelionato eleitoral" ao adotar medidas econômicas como o aumento da taxa de juros, logo após ser eleita, para acalmar o mercado.

A presidente também voltou a comentar sobre a nomeação de seu futuro ministro da Fazenda que substituirá Guido Mantega, e indicou que ele só será definido semanas após o G20, encontro com as vinte maiores economias do mundo que será realizado nos dias 15 e 16 deste mês.

Ela, contudo, deixou claro que ainda não fez convite nenhum.

Ela também admitiu hoje, em conversa com jornalistas, que pretende abrir um "processo de discussão" sobre a regulação econômica da mídia.

Ela não sabe ainda como será esse processo, mas afirmou que "isso jamais poderá ser feito sem consultar a sociedade". Ela garante, no entanto, que isso não significa controle de mídia ou censura.

"Liberdade de imprensa é uma pedra fundadora da democracia. E a liberdade de expressão talvez seja a maior coisa que emergiu da democracia", disse.

"Democracia é o direito de todo mundo ter uma opinião mesmo que não concorde com ela", afirmou.

A presidente acrescentou que "outra coisa é confundir isso com a regulação econômica do setor".

"Essa é uma outra discussão. Diz respeito a monopólios. Em qualquer setor econômico, seja energia, petróleo, tem regulações e a mídia não pode ter?", questionou.

Dilma, porém, falou que existem muitos pontos para discutir nesse assunto.

Ela negou que a medida possa estar entrando em discussão para atingir casos específicos. E afirmou que não acha que a medida atinja, por exemplo, a Rede Globo.

"Não acho que essa discussão possa atingir a Globo. Não acredito que seja o caso, não vamos ficar demonizando uma rede de televisão", garantiu.

Dilma citou a discussão sobre o Marco Civil da Internet como um exemplo do modelo de discussão que pode ser feito em torno do assunto.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta quinta-feira que vai fazer o "dever de casa" e apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas as contas do governo.

O posicionamento de Dilma, que vem dando sinais para acalmar a desconfiança do mercado, ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Ela sinalizou ainda que não mexerá nem no centro nem no intervalo da meta de inflação, cujo teto definido pelo Banco Central é de 6,5%. Dilma afirmou ainda que não está fazendo o "arrocho" que a oposição havia anunciado.

Durante a campanha eleitoral, o PT buscou associar seu opositor, Aécio Neves (PSDB), às políticas econômicas impopulares que levariam, por exemplo, ao aumento do desemprego.

Nesta quinta, contudo, ela disse que não está fazendo "estelionato eleitoral" ao adotar medidas econômicas como o aumento da taxa de juros, logo após ser eleita, para acalmar o mercado.

A presidente também voltou a comentar sobre a nomeação de seu futuro ministro da Fazenda que substituirá Guido Mantega, e indicou que ele só será definido semanas após o G20, encontro com as vinte maiores economias do mundo que será realizado nos dias 15 e 16 deste mês.

Ela, contudo, deixou claro que ainda não fez convite nenhum.

Ela também admitiu hoje, em conversa com jornalistas, que pretende abrir um "processo de discussão" sobre a regulação econômica da mídia.

Ela não sabe ainda como será esse processo, mas afirmou que "isso jamais poderá ser feito sem consultar a sociedade". Ela garante, no entanto, que isso não significa controle de mídia ou censura.

"Liberdade de imprensa é uma pedra fundadora da democracia. E a liberdade de expressão talvez seja a maior coisa que emergiu da democracia", disse.

"Democracia é o direito de todo mundo ter uma opinião mesmo que não concorde com ela", afirmou.

A presidente acrescentou que "outra coisa é confundir isso com a regulação econômica do setor".

"Essa é uma outra discussão. Diz respeito a monopólios. Em qualquer setor econômico, seja energia, petróleo, tem regulações e a mídia não pode ter?", questionou.

Dilma, porém, falou que existem muitos pontos para discutir nesse assunto.

Ela negou que a medida possa estar entrando em discussão para atingir casos específicos. E afirmou que não acha que a medida atinja, por exemplo, a Rede Globo.

"Não acho que essa discussão possa atingir a Globo. Não acredito que seja o caso, não vamos ficar demonizando uma rede de televisão", garantiu.

Dilma citou a discussão sobre o Marco Civil da Internet como um exemplo do modelo de discussão que pode ser feito em torno do assunto.

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