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Dilma diz que criou Mais Médicos porque ouviu população

Presidente Dilma Rousseff disse hoje (11) que criou o Programa Mais Médicos porque ouviu a demanda da população

Dilma Rousseff: "sabemos que o Brasil tem um problema sério na área da saúde. Por isso, nós fizemos o Mais Médicos”, disse (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 14h16.

Rio de Janeiro – A presidente Dilma Rousseff disse hoje (11) que criou o Programa Mais Médicos porque ouviu a demanda da população. Em discurso durante cerimônia de anúncio da construção da Linha 3 do metrô do Rio, Dilma disse que é obrigação de um governo conhecer as necessidades do povo.

“O governo não pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito. E, além de ouvir, sabemos que o Brasil tem um problema sério na área da saúde. Por isso, nós fizemos o Mais Médicos”, disse a presidente.

Ela rebateu as críticas da classe médica brasileira, que se posicionou contra o uso de médicos estrangeiros pelo programa. “Quando está em questão os intersses da população do país, não existe nenhum interesse maior, [nem o interesse] de nenhuma corporação, de nenhum segmento. Nós respeitamos os médicos desse país, porque eles sempre deram uma grande contribuição. Agora, temos uma avaliação faltam médicos. Por isso, criamos o Programa Mais Médicos”, afirmou.

Segundo Dilma, onde faltar médicos, o governo fará o “possível e o impossível” para garantir que haja profissionais disponíveis. “Nós temos no Brasil uma carência tamanha que, em 701 municípios, não moram nenhum médico. Se, de noite, uma criança tiver um problema, e não tem um médico para atender, olha o desespero de um pai ou de uma manhã. Estamos querendo resolver um problema de caráter emergencial e urgente, porque a saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem.”


Ela explicou que, ao mesmo tempo em que está trazendo médicos de outros países para trabalhar no Brasil, o governo pretende aumentar a formação de médicos no interior do país e na periferia das grandes cidades. “Está provado que geralmente o médico fica onde ele se forma ou onde faz sua residência. Vamos ampliar também o número de médicos especialistas e, portanto, as oportunidades de residência.”

De acordo com a presidente, o Brasil não está fazendo nada diferente do que outros países, inclusive “ricos” fazem. Ela citou que países como o Canadá, Estados Unidos e Reino Unido tem mais de 25% da sua força de trabalho médica formada por estrangeiros. No Brasil, esse percentual é de menos de 2%.

Outra ação prevista do governo é melhorar a infraestrutura dos hospitais, por isso ela apoiou a destinação de 25% dos royalties do petróleo para a saúde e defende que 50% das emendas parlamentares sejam revertidas para essa área.

Na cerimônia, foram anunciados investimentos de R$ 2,57 bilhões para a implantação de uma linha de monotrilho de 22 quilômetros que vai ligar São Gonçalo a Niterói, no Grande Rio (a chamada Linha 3 do metrô). Segundo a presidenta, o modal será importante para aliviar o trânsito na região e aproximar os moradores de seu trabalho e estudo, reduzindo o tempo do trajeto. Dilma disse que nas décadas de 80 e 90, os governos diziam que investir em metrô era coisa de país rico, por isso agora é preciso “correr atrás do prejuízo”.

Antes do início do evento no Clube Mauá de São Gonçalo, alguns manifestantes vestidos de preto protestavam, do lado de fora, contra questões como o voto secreto no Congresso Nacional e a proibição do uso de máscaras nas manifestações do Rio de Janeiro.

*Matéria atualizada às 14h16

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Rio de Janeiro – A presidente Dilma Rousseff disse hoje (11) que criou o Programa Mais Médicos porque ouviu a demanda da população. Em discurso durante cerimônia de anúncio da construção da Linha 3 do metrô do Rio, Dilma disse que é obrigação de um governo conhecer as necessidades do povo.

“O governo não pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito. E, além de ouvir, sabemos que o Brasil tem um problema sério na área da saúde. Por isso, nós fizemos o Mais Médicos”, disse a presidente.

Ela rebateu as críticas da classe médica brasileira, que se posicionou contra o uso de médicos estrangeiros pelo programa. “Quando está em questão os intersses da população do país, não existe nenhum interesse maior, [nem o interesse] de nenhuma corporação, de nenhum segmento. Nós respeitamos os médicos desse país, porque eles sempre deram uma grande contribuição. Agora, temos uma avaliação faltam médicos. Por isso, criamos o Programa Mais Médicos”, afirmou.

Segundo Dilma, onde faltar médicos, o governo fará o “possível e o impossível” para garantir que haja profissionais disponíveis. “Nós temos no Brasil uma carência tamanha que, em 701 municípios, não moram nenhum médico. Se, de noite, uma criança tiver um problema, e não tem um médico para atender, olha o desespero de um pai ou de uma manhã. Estamos querendo resolver um problema de caráter emergencial e urgente, porque a saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem.”


Ela explicou que, ao mesmo tempo em que está trazendo médicos de outros países para trabalhar no Brasil, o governo pretende aumentar a formação de médicos no interior do país e na periferia das grandes cidades. “Está provado que geralmente o médico fica onde ele se forma ou onde faz sua residência. Vamos ampliar também o número de médicos especialistas e, portanto, as oportunidades de residência.”

De acordo com a presidente, o Brasil não está fazendo nada diferente do que outros países, inclusive “ricos” fazem. Ela citou que países como o Canadá, Estados Unidos e Reino Unido tem mais de 25% da sua força de trabalho médica formada por estrangeiros. No Brasil, esse percentual é de menos de 2%.

Outra ação prevista do governo é melhorar a infraestrutura dos hospitais, por isso ela apoiou a destinação de 25% dos royalties do petróleo para a saúde e defende que 50% das emendas parlamentares sejam revertidas para essa área.

Na cerimônia, foram anunciados investimentos de R$ 2,57 bilhões para a implantação de uma linha de monotrilho de 22 quilômetros que vai ligar São Gonçalo a Niterói, no Grande Rio (a chamada Linha 3 do metrô). Segundo a presidenta, o modal será importante para aliviar o trânsito na região e aproximar os moradores de seu trabalho e estudo, reduzindo o tempo do trajeto. Dilma disse que nas décadas de 80 e 90, os governos diziam que investir em metrô era coisa de país rico, por isso agora é preciso “correr atrás do prejuízo”.

Antes do início do evento no Clube Mauá de São Gonçalo, alguns manifestantes vestidos de preto protestavam, do lado de fora, contra questões como o voto secreto no Congresso Nacional e a proibição do uso de máscaras nas manifestações do Rio de Janeiro.

*Matéria atualizada às 14h16

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