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Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 19h22.
Brasília - O ministro do Trabalho, Manoel Dias, esteve reunido na tarde desta quinta-feira, 12, durante cerca de uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Foi a primeira vez que Dias esteve com a presidente desde que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) imergiu em uma crise que inclui denúncias de desvios de recursos da Pasta, conforme apontado na operação Esopo, da Polícia Federal, deflagrada na segunda-feira, 9. Desde o início da semana, no entanto, Dias tem visitado o Planalto e mantido conversas com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti.
A reunião desta quinta com Dilma já acabou e Dias não falou com a imprensa ao deixar o Planalto. É certo, porém, que ele continua no comando do MTE. Isso significa, portanto, que as boas relações do governo com o PDT - partido de Dias - estão preservadas.
Esta mais recente crise envolvendo MTE teve seu auge na terça-feira, 10, com a saída do secretário executivo da Pasta, Paulo Roberto Pinto. Ele era o "número 2" na hierarquia do MTE e pediu deixar a vaga. Ao sair, citou "ter plena convicção de que sempre agiu de acordo com os princípios éticos e balizadores da moralidade pública", em carta dirigida a Dias. Ainda em reflexo à operação da PF, o Ministério do Trabalho exonerou também Anderson Brito Pereira do cargo de assessor do ministro e Geraldo Riesenbeck do cargo de coordenador-geral de Contratos e Convênios da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego.
Na reunião com Dilma, Dias relatou que está realizando uma devassa nas contas do ministério. Nesta quarta, 11, o ministro convocou uma reunião de cúpula, com todo o secretariado do MTE, e determinou que fosse realizado um mutirão para fazer um amplo levantamento e análise dos convênios. O ministro do Trabalho também relatou à presidente que está solicitando apoio de outros órgãos do governo para realizar esse "pente-fino" nas contas da Pasta, inclusive da Controladoria-Geral da União (CGU). Não há ainda, entretanto, definição sobre quem ocupará a vaga na secretaria executiva do MTE.